domingo, 28 de fevereiro de 2010

E os Óscares aí a bombar

"Sendo um bom filme, fico com a sensação de que Estado de Guerra está a ser grandemente sobrevalorizado em função daquilo que seria suposto representar. Cento e trinta e um minutos depois, é lícito supor que tanta reverência e unanimidade só pode dever à ideia que vem sendo cristalizada com a antevisão dos Oscars; reza a dita que o mundo cinematográfico se divide entre os blockbusters (Avatar) e os outros (Estado de Guerra). É bem verdade que, descontado o deslumbre tecnológico, Avatar consegue ser básico até para os padrões de um filme Disney, pelo que, no directo contraponto com o filme de Cameron, Estado de Guerra aparece como se de uma obra-prima se tratasse. Não é o caso."

Achei por bem partilhar

Pior do que estar doente, só estar doente e entediado. E, god knows, eu sou fodido quando estou entediado. Aliás, eu projecto o entediado e o fodido para toda uma nova dimensão. Está um gajo com dores de garganta e com a cabeça a estalar sem sequer se ter encharcado de álcool na véspera, o marítimo perdeu esta tarde depois de ter estado a ganhar a merda do jogo e vai um gajo tentar salvar a merda da dignidade do dia a ver um filme com o grande Statham e, em vez dum Transporter, sai uma merdice chamada Crank. Quem não percebe que filmes de acção não precisam cá de ideias e o caralho devia ser abatido. Vai daí, e por esta altura já devem ter todos uma noção gostosa do meu humor quanto estou doente E entediado, e enquanto espero pelo Mentes Criminosas (no rumo do dia, por um provável episódio repetido), apetece-me fazer uma lista de filmes. Podia dizer que são os meus filmes preferidos, que cada um terá as suas preferências, que eu sou tendencioso, tenho mau juízo e que não sou influência para ninguém, mas isso, além de não interessar, não é verdade. Os que se seguem são, portanto, os melhores filmes da história do mundo, como deveis concordar:

1 - Shawshank Redemption
2 - The Gladiator
3 - Heat
4 - Cinderella Man
5 - V for Vendetta
6 - The Prestige
7 - Scent of a Woman
8 - Dead Poets Society
9 - The Pursuit of Hapiness
10 - The Dark Knight

Duas notas: primeira, não está cá nenhum Senhor dos Anéis, e poderiam estar todos, mas tenho um preconceito gravoso sobre separá-los uns dos outros, e metê-los aos 3 alienava-me a lista. Segunda, no ano do Senhor de 1995, fizeram-se o Heat, o Braveheart, o Se7en e o Usual Suspects. Deus meu.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Sick sucks (hoje podia ver qualquer coisa, que não lhe ia achar muita piada)

O argumento é interessante. No fundo, é um jogo de cintura sobre maturidade ou falta dela, sobre sonhos e sobre aquilo de, aos 16 anos, pensarmos que conhecemos o mundo. A Carey Mulligan aparece bastante bem, delicada e doce, e foi uma boa surpresa, num filme que a enquadra perfeitamente, pela cor, por uma certa poesia e exaltação ao mundano, e que é sempre bem filmado. Além de que dura 1h30, porventura uma raridade nos tempos que correm, para uma coisa bem pensada. Talvez noutro dia até tivesse gostado mais dele.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O bom senso

"Ultimamente durmo mais descansado: tenho a Manuela, o Moniz, o Crespo e o semanário Sol a proteger-me a liberdade e lembrar-me de que a censura está de regresso ao meu país."

Speciale

"Disseram-me para baixar o tom. Baixar o tom? Têm acontecido coisas nos diversos campos e vocês construíram uma história que a mim, como pessoa do futebol, me envergonha. Eu trabalhava em Portugal quando saíu a notícia do calciocaos. E eu tive vergonha de dar de comer à minha família com dinheiro proveniente de um desporto que teve o calciocaos. Entrei aqui honesto e saio daqui honesto"
Mourinho, depois do Inter-Chelsea, no i

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Precious


Cheiro a lobby irrita-me. Logo que soube que quem produzia o Precious, um filme sobre negros, era a Oprah, depois da banalíssimo The Great Debaters ter chegado aos Óscares do ano passado, já me começou a custar a engolir. Eventualmente influenciado por esta visão, admito-o, porque acredito que haja quem a considere deslocada ou injusta, digo, visto o filme, que este Precious não é mesmo nada de especial. Não digo que seja um filme mau no que faz, na exploração duma violência física e psicológica atroz, ao ser um filme duro e escuro, de desprezo e desconsideração. O que acho é que não há criatividade no argumento. A única peculiaridade nas linhas da estória são as características físicas da protagonista (Gabourney Sidibe), que desempenham, bem, o papel de precipitar a dureza envolvente, mas até essas não têm nada a ver com qualidade interpretativa. À parte disso, é um filme sobre abusos e sobre a filha de um deus menor, que só gostava de ter um chance, o que soa bem comum, na minha opinião.

A única coisa realmente extraordinária de Precious é a performance de Mo'nique, que há de engolir o Óscar (Melhor Actriz Secundária) e atropelar sanguinariamente toda e qualquer opositora. O que ela faz é qualquer coisa de monumental, do alto duma personagem muito rica, senhora duma densidade psicológica perturbadora. Diria que os dois monólogos dela, o nervo e a convicção que ela lhes empresta, são, provavelmente, a performance mais intensa que já vi numa mulher em cinema.

Uma barbaridade, obviamente

Pessoalmente, acho que, a nível desportivo, o Porto não perde um jogador nuclear com a ausência do Hulk. Nucleares seriam o Bruno Alves, o Fernando ou o Falcão, até o Varela ou o Micael, e piores foram/são as lesões do Rodriguez e do Meireles, do que todo este caso Hulk. É óbvio que não discuto o potencial tremendo que ele tem (estrutura corporal fantástica, velocidade, remate), mas também me parece, claro, nos dias que correm, que o Hulk é um jogador sobreavaliado. Principalmente porque ele, no campo, não consegue pensar. O Hulk só joga no contacto, não sabe ler jogo, abusa das fintas. Claro que é novo, que tem um ano e meio de Europa, e que, por tudo isso, é imaturo, só que as saídas do Lucho e do Lisandro deixaram-lhe nas costas uma espécie de legado que, aos seus próprios olhos, é uma aura, e lhe retira lucidez e humildade. Parece-me, por oposição ao crescendo da época passada, um jogador menos útil este ano e, paralelamente, um caso mais bicudo para o Jesualdo resolver. Tudo isto para dizer que, para mim, de caras, o Hulk não seria titular no Porto deste ano. Por inerência, a equipa perde menos, sem ele, do que, à primeira vista, o chavascal da suspensão poderá fazer crer.

À parte disto, os 4 meses de suspensão são uma óbvia palhaçada. Toda a gente viu o Hulk ir à cara do segurança, mas os túneis são um tópico sensível, e, a partir do momento em que se sabe que o segurança em causa trabalha há anos para o Benfica e, pior, que teve um comportamento considerado "provocatório", é mau que se arruíne meia época de um jogador, enquanto o clube responsável pela segurança do estádio se fica pelos 1500€ de multa. Mais do que desconsideração pelo espectáculo ou pelos adeptos, ou o facto de ser um precedente complicado, soa a má fé. E isso é que é grave.

Impensável

LOL

"Crescemos em relação ao jogo com o P. Ferreira"
Carlos Carvalhal

É extraordinária a maneira como o Sporting cresce de jogo para jogo.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

20.02.10

Cresci a ouvir falar do fantasma das cheias de 1993, em que, além da destruição do Funchal, morreram qualquer coisa como uma dezena de pessoas, numa brutalidade tão grande quanto ser arrastado por uma ribeira em fúria o pode conceber. Cresci, também, a ouvir, Inverno sobre Inverno, o quão imperioso era limpar as ribeiras, o quão imperioso era não construir nas ribeiras, atrofiando-lhes o leito, porque, se uma situação como aquela se repetisse, as consequências seriam novamente violentíssimas. Hoje, 16 anos e uns meses depois, o Funchal voltou a ser inundado. E desta vez não morreram nem 5, nem 10 pessoas, morreram 32, e a contagem ainda não acabou. Sinceramente, acredito que quem tinha responsabilidade, podia ter feito mais. Apesar de já ter ouvido uma fonte do Instituto Nacional de Metereologia, a dizer que nunca tinha visto níveis de precipitação assim, e que o que aconteceu na Madeira foi um evento mesmo muito raro, acredito que era possível ter exigido mais nas operações de limpeza dos leitos, e que era possível ter sido bem mais rigoroso a licenciar construções dentro das ribeiras. Deve haver espaço para todo esse tipo de considerações, e haverá, concerteza, num futuro muito próximo. Mas não devia haver hoje. NUNCA hoje. Ter a oposição a falar, em primeira mão, para dizer que "a culpa é do Governo Regional" é muito mais do que despropositado. É animal e é vomitável, próprio de abutres que são um zero político e que, infelizmente, não estão hoje, nem estarão, tão cedo, preparados para governar.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

And if one day you should see me in the crowd


The Blind Side é um filme simples. É notável, aliás, como se conta uma história de compaixão e de amor, uma história de fraternidade, com essa leveza quase de um convite, como se, o que se conta ali, não fosse nada fora do normal. Às costas de um protagonista especial, esta é uma negação do mais fácil a fazer, a negação do não é nada connosco e do olhar para o outro lado, quando se vai na rua. É justamente essa a mensagem que passa, no momento em que a família Tuohy se começa a constituir com um novo elemento: devia existir sempre alguém que se importasse. Por mais improvável (e é disso que esta biografia trata) que isso esteja destinado a ser.

Dado o reconhecimento tremendo que tem tido, era natural que a prestação da Sandra Bullock saltasse à vista. E é uma grande performance, de facto. Leigh Anne é uma mulher doce, com um coração e uma consciência tremendas, mas tudo isto numa personagem por definição distante e superior, até eventualmente fria. Tal como já disse para o argumento em si, também esta personagem é extraordinariamente natural em tudo o que faz, genuína, quando nada disso era suposto. Grande desempenho, ainda que, pessoalmente, continue a achar a Vera Farmiga (Up in the Air) uma adversária muita à altura, na corrida ao Oscar (depois de ver o Precious, poria a Gabourey Sidibe de parte). O Quinton Aaron, mesmo sem ter de fazer nada fora do normal (é um papel muito mais de imagem do que de interpretação) é genuíno e condiz com o papel, mas seria muito injusto não falar aqui do miudíssimo Jae Head, com um à vontade tremendo no ecrão, que oxalá se veja cada vez mais por aí (já sem nada a ver com o filme, dizer que Miss Lily Collins foi uma agradabilíssima surpresa, e que os desejos são os mesmo que para o "mano"). Nota, ainda, a não esquecer, para um par de músicas muito interessantes, com esta Cello Song à cabeça:


terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Um português vice do BCE, palmas!

"Vítor Constâncio já conheceu todas as penitências e subiu todos os degraus: passou pelo Inferno quando foi secretário-geral do Partido Socialista, acabando por servir de bandeja, em 1987, a primeira maioria absoluta a Cavaco Silva, que alcançou mais de 50% dos votos; depois conheceu o Purgatório, enquanto Governador do Banco de Portugal, acabando por permitir os conhecidos desmandos do BPN e outras transgressões; finalmente, como retribuição pelos «serviços prestados», hoje, enviaram-no para o Céu. Os caminhos da fé continuam insondáveis."

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Dont you want somebody to love


Os Coen têm uma assinatura, isso não é discutível. Vê-se pela cor, pelo texto, pelos silêncios. Eu tenho por hábito gostar de realizadores com assinatura. O Tarantino e o Bay, assim de repente. Sabe-se quase instintivamente que os filmes são deles, e isso é apelativo. Depois, ao contrário dos que trabalham em cima de argumentos com uma premissa densa, no limite da reflexão pessoal e social, os Coen contentam-se com o caos. Dos inícios saídos em directo das profundezas da cabeça deles, aos fins sempre abruptos, eles entretêm-se a criar historietas redundantes, sempre a tresandarem a humor negro, e fazem um filme de pormenores, de momentos, de ácido. Este A Serious Man é a história do homem comum a quem tudo acontece, de uma maneira quase perversa, numa acção de texto tão refinado, tão constrangedor, no bom sentido, que se completa a si própria. Sem segundas considerações sobre a sociedade ou o que seja, é um filme sobre aquele homem, um conto. É quase libertador o que os Coen fazem, ainda que esteja longe de ser simples (vê-se o detalhe deles a toda a hora), e acredito que lhes dê um verdadeiro gozo. Infelizmente, os filmes deles também acabam por ser razoavelmente fechados em si próprios, quase crípticos, e tenho para mim que geram aquele sentido muito comum de, ou adorar tudo o que eles fazem, ou nunca ir à bola com eles. Infelizmente ou não, acho que sou dos que nunca vai sair do segundo grupo.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O Iraque nos Óscares


The Hurt Locker é um filme sobre limites. Sobre ter de viver em cima da linha, mas também mais do que isso, sobre gostar de o fazer. Foca-se no Iraque, e não é novo a esse respeito, exala violência física e, sobretudo, psicológica, o que, apesar da competência, também não será a sua maior qualidade. O forte do filme é a adrenalina, a pressão e o nervo dum desactivador de bombas e da sua equipa, que sai, todos os dias, à procura da morte (um paradoxo giro, num filme de guerra). Mais do que isso, o melhor do filme é a personagem principal. Da arrogância inicial desfecho, Jeremy Renner está em permanente crescendo, entre a habilidade extraordinária para fazer o seu trabalho, e o homem atormentado pelo seu passado e pela sua obsessão, capaz de fazer tudo o que for preciso para alimentar um vício. Um homem obcecado com a caça, incapaz de viver fora do limbo.

Apesar desses focos de interesse, não acho, sinceramente, que este seja um filme para ficar na memória, nem que mereça significativamente as nomeações que teve para os Óscares, já depois dos Globos de Ouro. Porque nem o contexto (Iraque) nem o argumento (a premissa toca no majestoso Heat, por exemplo) são originais o suficiente, porque a realização, apesar de trabalhar bem o suspense, não introduz nada que espante, nada inesperado, e porque acho que a banda sonora, a envolvência a esse nível, é muito mais pobre do que deveria, apesar das nomeações para Mistura de Som, Edição de Som e inclusive Melhor Banda Sonora chocarem a toda a linha com esta visão. Diria que, das 4 nomeações que teve (filme, realizador, actor principal e argumento original), fora as categorias técnicas, só a performance de Jeremy Renner é verdadeiramente oscarizável. De resto, parece-me que o contexto e a dureza psicológica retratados, e que vão sendo cada vez mais familiares aos americanos, contaram mais do que deveriam.

Cheguei a casa e constatei que a minha progenitora arranjou alguém para suprimir a dor da minha ausência


domingo, 7 de fevereiro de 2010

Quando o Eduardo ia aviando o tornozelo no jogo com o sporting, pensei, para comigo, quem eloquentemente escolheria, o Queiroz, para titular

É só sorteios tramados

"Portugal foi sorteado na qualidade de cabeça de série, a Dinamarca não, mas Carlos Queiroz atribui o favoritismo ao adversário, até pelo passado recente. «Não há problema em dar o favoritismo à Dinamarca, porque ganharam o grupo, estão no Mundial e os resultados é que contam.»"
in maisfutebol

Notar que também vamos sofrer muito para ficar em segundo, contra a poderosa Noruega. Sem falar do super-ataque da Islândia e, até, do espírito de equipa do Chipre. Só o grande Queiroz nos poderá salvar deste grupo da morte!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

E diz que o Sócrates também o chamou "filho da puta"

Dizem as escutas que o Sócrates anda imparável. Sua excelência o Primeiro Ministro mandou a PT comprar a TVI, enquanto tentava sufocar o Público e vender o Correio da Manhã, tudo para as mãos da Ongoing, que é empresa dum genro do Cavaco, de modos a que sua excelência o Presidente da República ficasse caladinho a cuidar dos netos. Já antes, sua excelência o Presidente da República, inventou ao Público que sua excelência o Primeiro Ministro o andava a escutar em Belém, só para foder o Sócrates bem fodidinho e dar as Legislativas ao seu partido. Nisto tudo, foi despedido o assessor de sua excelência o Presidente da República, o que é fodido para quem acha que ele não fez nada, e foram despachados o Zé Manel Fernandes, a Manela e o Zé Eduardo Moniz, acabou o Jornal de Sexta e veio fazer um estardalhaço o Mário Crespo, com uma carta não publicada no JN (que, como bem sabeis, sempre foi pró-PS, tal como o DN, todos da controlinveste) a dizer que também ele foi perseguido, o que é fodido para quem acha que sua excelência o Primeiro-Ministro não tem culpa de nada. O Cavaco passou um mês sem abrir a boca e não disse nada, o que não é fixe para quem acha que ele é coitadinho, o Sócrates falou logo e não desmentiu, o que também é fodidote. Em suma, não há problema nenhum. Só havia, se um deles não percebesse o que o outro anda a fazer. Não é, evidentemente, o caso.

PS - Nem no dia em que o Queiroz foi à cara dum comentador, naquilo que ele considera "uma troca azeda de palavras" (deixando no ar se uma "troca mesmo muito amarga de palavras" teria envolvido armas, por exemplo), se sua excelência o Seleccionador Nacional consegue, sequer, abrir o Telejornal da SIC. Eu ia à cara do Nuno Santos.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Keeper


My Sister's Keeper era um filme complicado de fazer. Complicado porque a premissa tinha pouco de criativa mas, sobretudo, porque é preciso ter muito jogo de cintura para saber vender tanta componente emocional duma maneira que transtorne, que dê um nó na garganta, mais do que toque ou puxe um nadinha de choro. Acho que o filme não foi além desta última. Não que My Sister's Keeper deixe de ser competente, ou fácil de agradar, um pouco com essa tal lágrima no canto do olho, só acho que, no fim de contas, tem um texto muito pobre e muito linear para o que se quereria fazer. Talvez a intenção até fosse fazê-lo um filme muito mais de interpretações, de momentos e de ambiente, do que de argumento, mas não chegou. Porque é tudo muito simples, previsível até, e porque as personagens não são tão ricas quanto isso. A fantástica Abigail Breslin (Little Miss Sunshine) tem um papel muito menos expressivo do que deveria, ainda por cima na pele virtual de protagonista. A figura paterna de Jason Patric, forte e muito explorável, tem um espaço contado, e a pequena Sofia Vassileva, com o peso da caracterização quase a falar por ela, tem um papel pouco mais do que fácil, por mais iconográfico que o seja. Fica uma boa banda sonora, alguns bons momentos de interacção entre as personagens (os momentos de confronto são quase todos muito bons) e, provavelmente, a melhor Cameron Diaz de sempre, numa personagem que é, ela própria, o ponto alto do filme.