segunda-feira, 15 de abril de 2019

The North Remembers


A duas horas de ver em directo a estreia da última temporada, é inevitável pensar na década que passou e no que foi a construção do primeiro fenómeno televisivo verdadeiramente universal, porque vivido na mesma medida, por todos e ao mesmo tempo. Na antecâmara surreal do que foi esta despedida, de uma coisa podemos ter a certeza: Game of Thrones reinventou a forma de fazer televisão e a forma de contar histórias ao mundo. E derrubou todas as muralhas, seja no tempo, pela sua monumental longevidade, como se nunca pudesse parar de ser cada vez maior; seja na militância, pelo entusiasmo, o respeito e o unanimismo incomparáveis; seja no espaço, por ter-se tornado nesta experiência submersiva planetária difícil de descrever. Não sei como será daqui a pouco, mas sei que na História das Séries, haverá sempre um antes e um depois de Game of Thrones. Não sei se algum dia voltaremos a esperar anos a fio para poder ficar de pé noite dentro, a ver o fim de uma série em directo, durante dois meses. Mas espero que sim, que um dia possa voltar a Westeros e que voltemos todos a partilhar um património deste tamanho.