terça-feira, 4 de agosto de 2009

Era uma vez na Holanda. Ou duas.

Há pouco mais de 4 anos, lembro-me de ter festejado como um sportinguista, a passagem do clube à final da UEFA desse ano. Estava então no Porto Santo, numa viagem de finalistas de 9º ano, e no cafézinho ali entre quem vem das lambecas e vai para o Zarco, não se distinguiam clubes. O jogo, em Alkmaar, foi, a todos os níveis, épico, com o Sporting a se qualificar com qualquer coisa como um golo no último minuto do prolongamento, marcado pelo mais que improvável Miguel Garcia, já aí um defesa direito bem pobrezinho. O Sporting jogava, na altura, muito futebol, apesar do treinador, o Peseiro, ser um pamonha do pior (o que teve como consequência maior passar, nesse mesmo ano, de finalista da UEFA e líder do campeonato, para finalista vencido da UEFA e terceiro classificado do campeonato).

Hoje, a jantar fora de casa, acabei por apanhar, já sem contar muito com isso, um jogo que, apesar de bem longe do nervo duma meia-final, era igualmente vital para o Sporting. Em questão, 2 milhões de euros de imediato, e a possibilidade de continuar a lutar por MUITOS mais, para um clube, abertamente, na bancarrota. Desta vez, o Sporting qualificou-se com um golo no último minuto dos descontos, marcado, de maneira ainda mais improvável, entre o seu próprio guarda-redes (!) e dois (!!) dos seus adversários. Hoje, nem o Sporting anda a jogar nada que se veja, nem eu festejei seja de que maneira fosse. De qualquer maneira, o treinador, agora, é Paulo Bento. E ninguém o podia merecer mais do que ele. Porque até os milagreiros precisam, de vez em quando, de um dia de sorte.

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