Hoje há jogo do ano. Se calhar um bocado mais do que o Chelsea-Inter, que já foi, ele próprio, um bruto dum jogo do ano, definitivamente um pouco menos do que a eliminatória Inter-Barça, toda ela um conjugação celeste de potencialidades speciales aka supremos jogos do ano. De qualquer maneira, nada pode diminuir o assombro do jogo de hoje no Bernabéu. Em campo, os dois melhores jogadores do mundo, e as duas melhores equipas da melhor liga do mundo. Com uma nota de desequilíbrio: é muito mais fácil ser do Barça, hoje. Porque o Barça joga o melhor futebol do mundo, um dos melhores da história desta coisa que já tem mais de 100 anos, porque tem, indiscutivelmente, o melhor jogador do mundo, um dos melhores desta coisa que já tem mais de 100 anos (e que, ainda por cima, é humilde e querido), porque vai entrar em campo com mais de meia equipa da cantera, e porque, como se não bastasse, tem um carácter intrínseco regionalista-anti-poder-central, que sela toda a pintura com chave de ouro. O Barça é, pura e simplesmente, a equipa perfeita dos nossos dias. E é por isso que não pode ganhar hoje.
É que ganhar hoje, significava dobrar toda a essência desenhada durante os mais de 100 anos que esta coisa já leva, que determina que, mesmo as equipas que foram melhores do que o próprio jogo, tiveram de cair, a dada altura. Ganhar hoje, é a diferença entre o Barça caminhar eternamente poético, ou tornar-se numa equipa odiosa, numa equipa que perdeu todos os seus resquícios de humanidade. Porque ninguém pode ganhar sempre. Portanto, ao contrário do que o Sport insinua hoje, este não é o jogo entre o desalmado Madrid da metrópole, a equipa do dinheiro e a mais cara do mundo, a equipa do plástico Ronaldo, contra o apaixonante Barça da região, a equipa do perfume e da terra, do predestinado Messi. Este é o jogo do Barça, a equipa mais unânime de sempre, a equipa que tem tudo a seu favor, contra a própria consciência do futebol em si. Assim, por mais que admire, como qualquer mortal, este Barça e este Messi, hoje sou pelo Real, pelo Ronaldo, pelo Guti, pelo Higuaín, e até pela besta do Pellegrini. Porque futebol só é futebol, enquanto tudo puder acontecer.
É que ganhar hoje, significava dobrar toda a essência desenhada durante os mais de 100 anos que esta coisa já leva, que determina que, mesmo as equipas que foram melhores do que o próprio jogo, tiveram de cair, a dada altura. Ganhar hoje, é a diferença entre o Barça caminhar eternamente poético, ou tornar-se numa equipa odiosa, numa equipa que perdeu todos os seus resquícios de humanidade. Porque ninguém pode ganhar sempre. Portanto, ao contrário do que o Sport insinua hoje, este não é o jogo entre o desalmado Madrid da metrópole, a equipa do dinheiro e a mais cara do mundo, a equipa do plástico Ronaldo, contra o apaixonante Barça da região, a equipa do perfume e da terra, do predestinado Messi. Este é o jogo do Barça, a equipa mais unânime de sempre, a equipa que tem tudo a seu favor, contra a própria consciência do futebol em si. Assim, por mais que admire, como qualquer mortal, este Barça e este Messi, hoje sou pelo Real, pelo Ronaldo, pelo Guti, pelo Higuaín, e até pela besta do Pellegrini. Porque futebol só é futebol, enquanto tudo puder acontecer.
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