quinta-feira, 17 de maio de 2012

Ruud


2012 foi um ano cabrão para a minha infância. De repente, parece que se querem ir todos embora. Raúl e Del Piero fartaram-se da alta competição. Foi-se o Milan. E, no último dia da época, e depois do Pippo, foi-se também o Ruud.

Sobre Inzaghi, já escrevi. Sobre Nistelrooy tenho obviamente de lembrar o gigante, a verdadeira máquina dos grandes palcos, eternamente celebrada pelo rasto brilhante que deixou no glamouroso eixo Manchester-Madrid. Como Inzaghi, também não era um jogador estético, também não teve esse dom de ser bonito de ver, só aquele sobre-humano cheiro a golo. Raúl e Del Piero exalavam classe, pareciam de outro campeonato, Ruud era mais simples, uma massa humana em forma de seguro de vida, que só precisava da pequena área para viver. Um colosso. Esteve no United entre títulos europeus, e no Madrid pós-Del Bosque. Faltou-lhe essa Champions. No resto, é a Champions que vai sentir falta dele, ainda hoje o seu segundo melhor marcador de sempre. Irónico que se despeça logo no ano em que ajudou o Málaga a lá chegar pela primeira vez.

Como Inzaghi, sai na alta roda. Ainda gosto mais deles por causa isso. Ano cabrão, 2012. Levou-me o meu par de noves.

1 comentário:

Ricardo Norton disse...

http://www.maisfutebol.iol.pt/internacional/veron-estudiantes-argentina-termina-carreira-37-anos/1357471-1490.html fica aqui mais um senhor que pendurou as chuteiras!