Há muitas coisas em relação às quais nunca vou perceber grande coisa, e magia será, concerteza, uma delas. Não tenho sequer nenhuma razão aparente para gostar da coisa, porque o meu contacto com ela resume-se a não mais que um par de filmes. Nunca tive um mágico numa festa de anos, nem sequer fui, alguma vez, a qualquer coisa que se possa ter chamado de espectáculo.
Facto é que, apesar disto tudo e de mais alguma coisa, admiro e respeito a magia como qualquer coisa que idolatrasse desde miúdo. Vejo o Prestige e tudo aquilo faz sentido, tudo aquilo tem significado, tudo aquilo impressiona. Impressiona não porque não saibamos que é ilusão, mas exactamente porque sabemos. Porque o que conta ali é a atmosfera, o truque, o momento, o talento de quem o faz. E não o segredo. Magia é muito mais que isso.
Por isso é que me arranhou tanto a aberração de programa que acabou hoje na SIC. Uma palhaçada que foi mantida no ar durante muito mais do que devia e que, descobrimos hoje, só foi motivada por um sentido conscencioso extraordinariamente alto do seu protagonista, que só a fez por amar a magia para lá do que podemos imaginar.
Para ser claro, e aí estou realmente de acordo com a personagem, não acho que esta triste aparição vá ter algum efeito sobre o que quer que seja. O que não significa que não seja um problema. É que nos virem dizer que o gajo não escapa dum caixão soterrado porque tem poderes mágicos é pouco mais do que um insulto à nossa inteligência e, como tal, mais tarde ou mais cedo (e neste caso definitivamente mais cedo), vai ter o esquecimento que merece. Mas é mau que baste querer, para se destruir uma coisa tão admirável e tão particular como a conduta dos mágicos, como o segredo da profissão. É mau que a magia seja apresentada assim, nos dias de hoje, tão banal e esfrangalhada. Tão desmistificada. É mau que haja um palhaço a dizer que só o fez por gostar dela. E é mau que coisas destas tenham audiência. É mau e, pelo menos a mim, dá que pensar.
Mas se calhar é isso, como dizia o outro hoje, se calhar o problema é meu.
Facto é que, apesar disto tudo e de mais alguma coisa, admiro e respeito a magia como qualquer coisa que idolatrasse desde miúdo. Vejo o Prestige e tudo aquilo faz sentido, tudo aquilo tem significado, tudo aquilo impressiona. Impressiona não porque não saibamos que é ilusão, mas exactamente porque sabemos. Porque o que conta ali é a atmosfera, o truque, o momento, o talento de quem o faz. E não o segredo. Magia é muito mais que isso.
Por isso é que me arranhou tanto a aberração de programa que acabou hoje na SIC. Uma palhaçada que foi mantida no ar durante muito mais do que devia e que, descobrimos hoje, só foi motivada por um sentido conscencioso extraordinariamente alto do seu protagonista, que só a fez por amar a magia para lá do que podemos imaginar.
Para ser claro, e aí estou realmente de acordo com a personagem, não acho que esta triste aparição vá ter algum efeito sobre o que quer que seja. O que não significa que não seja um problema. É que nos virem dizer que o gajo não escapa dum caixão soterrado porque tem poderes mágicos é pouco mais do que um insulto à nossa inteligência e, como tal, mais tarde ou mais cedo (e neste caso definitivamente mais cedo), vai ter o esquecimento que merece. Mas é mau que baste querer, para se destruir uma coisa tão admirável e tão particular como a conduta dos mágicos, como o segredo da profissão. É mau que a magia seja apresentada assim, nos dias de hoje, tão banal e esfrangalhada. Tão desmistificada. É mau que haja um palhaço a dizer que só o fez por gostar dela. E é mau que coisas destas tenham audiência. É mau e, pelo menos a mim, dá que pensar.
Mas se calhar é isso, como dizia o outro hoje, se calhar o problema é meu.
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