sábado, 14 de novembro de 2009

Vou evitar fazer piadas que envolvam sermos bombardeados em Sarajevo

Dizer 500 vezes que o Queiroz, afinal, não é um pé frio, é uma forma bastante irritante de pôr as coisas, mas tem a ver com isso, sim. É que até deu para o pessoal fazer as piadinhas com a senhora do caravaggio quando o bruno alves marcou nos descontos na albânia e quando o liedson marcou nos descontos na dinamarca, mas esta coisa dos bósnios acertarem, nos descontos, duas vezes nos postes, em 5 segundos, já veio tornar tudo muito esquisito. Agora, um gajo quer é acreditar que vamos brincar à Bósnia antes de reservar as passagens para a África do Sul, porque, com esta leiteira descomunal do professor, qual mago mais poderoso do que o sacana que empacotou o Ronaldo nos últimos 2 meses, nada de mal nos há de acontecer, mas toda a gente sabe da probabilidade elevadíssima da própria sorte se fartar de fazer cafunés em burros de merda e, esse dado neste contexto, é muito problemático para nós. Vá lá, vendo bem, também podíamos ter despachado os bósnios mais cedo e, se já lhes tivéssemos enfiado 3, ninguém ia estar amanhã a fazer graçolas sobre postes e o rabinho do Queiroz. Mas toda a gente tem idiossincrasias, e as nossas idiossincrasias (gostei, repeti, problemas?) são falhar golos à frente da baliza, critério, acredito eu, suficiente para naturalizar jogadores, como o bom liedson o ilustrou eloquentemente hoje, e, contra essas, ninguém pode fazer mesmo nada. Bem, se calhar até há o banco e as substituições e a táctica e a convocatória mas, por azar (AZAR, VÊM???) nenhum destes é o forte do Queiroz. Portanto, o que resta dizer é: apesar do mister ter metido na gaveta um losango que tinha vulgarizado a Dinamarca, apesar dele continuar a ignorar o Makukula, o único ponta-de-lança português que tem aquela merda de hábito de marcar golos, e dele levar o Coentrão como única alternativa aos nossos extremos (porque um gajo que ande pelas reservas do Inter deixa de ter necessáriamente qualidade, ou então o Assis, visto que não me lembrei de nenhuma metáfora para ele como a que usei para o Quaresma) e dele ficar satisfeito com um 1-0 em casa, numa eliminatória, até ao minuto 85, isto continua a ser um Portugal-Bósnia e nós somos melhores que eles. A escolher, preferia que o Queiroz tivesse, na 4ª feira, outro porradão de sorte (sabem, não confio muito nele). Mas, se os bósnios não acharem de passar mais 90 minutos a fazer tiro ao poste, e, sobretudo, se entrarem em campo num ambiente enlouquecedor e diabólico, típico de qualquer república ex-soviética (e toda a gente sabe que os ex-soviéticos são loucos e diabólicos), então era fofinho que o Queiroz não fizesse de espantalho outra vez o jogo todo. É que, depois, ficam a faltar 7 meses, nós esquecemo-nos todos desta merda e, em Junho, já somos todos amigos outra vez. Vá lá, professor.

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