

"I have no choice but to direct my energies toward the acquisiton of fame and fortune. Frankly, I have no taste for either poverty or honest labor, so writing is the only recourse left for me." Hunter S. Thompson
The Boat that Rocked é um filme apaixonante. Podia sê-lo, em particular, por muitas razões, do elenco à banda sonora, mas diria que a maior de todas é o espírito. Há uma envolvência que é absoltuamente contagiante e que nos transporta para outra era, outros tempos, marcantes e inesquecíveis, pela música, pelos movimentos, pela vontade de viver. E o filme carrega tudo isso. Diria mesmo que nos chega a fazer sentir nostálgicos, mesmo por um tempo que nunca vivemos. Um tempo único, de toda uma escola de saber e querer viver, materializada, aqui, simplesmente num barco. Como diz o Seymour Hoffman, a dada altura, aquele é o tempo de uma vida. Deixa-nos a pensar.
Este Pelham não é um sequestro, é um desastre. Podia ser só um sequestro, qualquer coisa para passar mais ou menos esquecida, mas estamos a falar do Tony Scott a realizar o Denzel, o Travolta e o Gandolfini, e, portanto, desculpas não estão aqui à mão. Ok que o filme nunca induz em erro, no sentido de negar a sua génese comercial, mas há limites para tudo, e gente com este traquejo, não devia acabar numa coisa tão pobrezinha.Jorge Jesus, na reacção ao Benfica 4-1 nacional


Antes de mais, uma consideração prévia: numa geração de jogadores incrível que juntou Zidane, Ronaldo, Beckham, Rivaldo ou Henry, o Figo foi porventura o que jogou mais tempo a um nível mais alto. Barça, Real, Inter, 15 anos, títulos espanhóis e italianos, a Champions e a Bola de Ouro. Um vulto de dimensão em todo o lado onde jogou, um nome incontornável do futebol europeu do último quarto de século. Não houvesse Eusébio e teria sido o nome maior da História do Futebol Português mas, mesmo com ele, foi com Figo e com a Geração de Ouro que moraram as maiores glórias do nosso futebol, o 2º e o 3º lugar dos Europeus, o 4º no Mundial, os Mundiais de sub20. Figo foi, talvez, a maior bandeira do país no último meio século, e isso nem é discutível.A Argentina continua viva na luta pela África do Sul, a depender apenas de si, graças a um golo de "El Loco" Palermo, contra o Perú, no último minuto de descontos. Na próxima 5ª feira, segue-se um jogo épico em Montevideu, com o Uruguai a estar, apenas, a um ponto de distância (e o Equador a dois, quando só se qualifica directamente o 4º classificado). Esta Argentina pode não ter, de facto, quase nada à imagem de Maradona. Mas o coração, esse, está todo lá.
(actualizado)
«Chupem e continuem a chupar. Os que não acreditaram, os que me trataram como lixo, agora vão ter de aceitar. Qualificámo-nos para o Mundial com todas as honras. Hoje vários jogadores que ganham um monte de dinheiro suaram a camisola como nunca, esforçaram-se e merecemos a qualificação»
Maradona, após a vitória por 0-1 no Uruguai
