"Sem democracia europeia não vamos conseguir resolver esta crise", disse-me o Rui Tavares há uns meses, em entrevista. É capaz de resumir quase tudo. Neste momento, a nossa austeridade é a austeridade que manda a Alemanha, e, contra essa, a única coisa a fazer é, como defendeu o Daniel Oliveira, juntar-mo-nos aos outros PIGS, dar um murro na mesa e exigir uma forma sustentada de tratar disto. Nós estamos no buraco em boa parte por culpa própria, mas a Europa só poderá ser um mercado forte, o mercado que a própria Alemanha precisa, se todos estiverem em condições. E continuar a afogar os periféricos é um caminho muito perigoso e, para nós, cada vez mais impossível de percorrer.
Dito isto, é pena que o governo tenha caído hoje. Pena, porque ter um novo primeiro-ministro agora não vai diminuir impostos e aumentar salários, não vai diminuir o desemprego e aumentar a nossa fiabilidade nos mercados internacionais. Pena, porque não vai mudar nada, rigorosamente nada. Só nos vai fazer perder tempo e dinheiro.
Dito isto, é pena que o governo tenha caído hoje. Pena, porque ter um novo primeiro-ministro agora não vai diminuir impostos e aumentar salários, não vai diminuir o desemprego e aumentar a nossa fiabilidade nos mercados internacionais. Pena, porque não vai mudar nada, rigorosamente nada. Só nos vai fazer perder tempo e dinheiro.
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