domingo, 13 de março de 2011

A modos de revista desportiva da semana

1. Intolerável a vitória do Barça frente ao Arsenal. O golo de Messi é indescritível e já pouco haverá a discutir sobre a Pulga como um dos maiores que o jogo já viu. Ver a magnitude daquele talento é ver História a ser feita, é ver o tipo que, daqui a muitos anos, vamos contar que vimos jogar. Ainda assim, é repugnante a maneira como a equipa de Wenger foi desterrada no Camp Nou.

Não está em causa que o Barça é a melhor equipa do Mundo, a melhor da década e uma das melhores de sempre. E o mais provável até era que, mesmo 11 contra 11, mesmo sem penalties inventados, fosse o Barça a ganhar e a seguir em frente. Mas é gozar com a cara das pessoas quando se expulsa o Van Persie num jogo destes, só porque deu mais um pontapé na bola. Como se não bastasse, ainda foi necessária a ronha do insuportável Pedrito para garantir o indispensável 3-1. Assim não. Assim, o grande Barça não se dá ao respeito e não merece a consideração de todos os não devotos que fazem uma vénia ao seu estilo. Assim, o Barça é só a equipa do sistema.

2. Por cá, jornada europeia extraordinária, ainda que só o Porto esteja com um pé nos quartos. O Enorme Braga dura, dura e dura, que nível! Haja alma no The Kop e tudo é possível. Pena o resultado do Benfica, que, vá lá, sancionou a 4ª reviravolta em casa no último mês, mas vai ao Parque dos Príncipes com o golo de Luyindula entalado. Vale o exemplo de Estugarda e a certeza de que, mesmo à beira do colapso físico, era uma pena ficar já pelo caminho.

3. A meio da semana, o "herói" José Couceiro deu uma entrevista ao Record. Disse ele: "Aceitei um desafio que pode acabar com uma carreira". Se Couceiro ganhar, passa a ser um milagreiro; se perder, é o admirável senhor que deu a cara, mas que nunca teria condições para fazer melhor. Se isto não é um desafio de vida ou morte...

4. Uma última nota ao grande Marítimo, que foi hoje à Figueira da Foz sacar a 3ª goleada fora esta época e pôs praticamente uma pedra no fantasma da descida. Na depressão que está a ser a época do Centenário, do novo estádio por acabar aos salários em atraso, finalmente uma boa notícia.

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