Mourinho é Campeão da Europa. Já o seria desde o Camp Nou, mas hoje fez questão de se confirmar como o 3º treinador da História a ganhar a prova por dois clubes diferentes, depois de ter sido o 1º treinador da História a chegar a 3 meias-finais por 3 clubes diferentes, num clube que não ganhava nada na Europa há 45 anos, depois de ter sido bi-campeão em 3 países diferentes, e depois de, com um plantel assumidamente inferior, ter eliminado o Chelsea e o super-Barça, e, especificamente, Ancelotti, Guardiola e Van Gaal. Dizia ele, ontem, que hoje só representava os portugueses que o admiram. Pobres dos que não tiveram o monstro a representá-lo, hoje, no Bernabéu.
Esta será, acima de todos, a vitória de Mourinho, mas este Inter assenta em dois jogadores incríveis, de entre os quais sairá o MVP desta Champions: Sneijder e Milito. Um pequeno ilusionista, vindo do descrédito em Madrid, e um caminhante argentino que só chegou a um grande aos 30 anos, e que é, hoje, o melhor ponta-de-lança do Mundo. Como o serão, nas suas posições, Júlio César, Maicon e Cambiasso, mais Zanetti, porque quem faz 700 jogos por um clube, é muito maior do que o jogo. São hoje melhores do Mundo, mas provavelmente não o seriam há um ano. É esta a beleza do toque de Mourinho. Não há um projecto seu que não seja para o sucesso incondicional, para a História. Não há um projecto seu que não justifique o apoio total, mesmo para quem o Chelsea ou o Inter nunca tinham dito nada. E é pena que tenha chegado ao fim outra vez. É pena, mas as coisas são mesmo assim. Quando il Speciale tiver pouco a ver com novidade, pressão e desafio, já terá pouco de Speciale. Pois que a saga recomece. Halla Madrid.
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