Admiro a filosofia (e essa é a palavra) do Barça. Adorava o Real do Zidane (mais do que todos, do Zidane), e torço pelo Real do Ronaldo (oxalá, do Ronaldo e do Mourinho, num futuro próximo). Respeito a filosofia (também aqui) do Bilbao, e lembro-me do vigor do Valência da última década, e do perfumadíssimo Sevilha das UEFAs. Mas, desde há muitos anos, se me perguntassem qual era o meu clube preferido em Espanha, respondia o Atlético de Madrid. Não sei explicar verdadeiramente como é que começou. Mas acho que sempre achei que havia qualquer coisa de poético no clube. Em tempos um dos grandes de Espanha, não deve ter sido fácil vegetar tantos anos à sombra do Real, investir tanto, e tanto tempo, para perder cronicamente. E depois, acho que sempre fui fã de clubes capazes de criar lendas, mesmo sem as grandes vitórias. Como o Futre, ou como a Fiorentina do Rui Costa. Certo, é que, dalguma maneira, sempre fui do Atleti. Ontem, 16 anos depois do último troféu, o Atlético ganhou a UEFA. Para ser sincero, nem vi o jogo. Não foi desconsideração nem nada, passou. E só vi os golos há bocado. Mas já li sobre a festa, já vi a capa da Marca e tenho um certo contentamento que não se explica. Como quando o Liverpool foi Campeão Europeu, ou o velho Nápoles voltou à Serie A. Coisas do futebol.
Sem comentários:
Enviar um comentário