Nos Estados Unidos, a escolha do apresentador dos Globos de Ouro é qualquer coisa de criterioso. Esta tem por costume recair, ou nalguém com experiência repetida na área da apresentação, ou nalguém com um perfil demarcado no campo do humor mais satírico. O que é que se retira daqui? Retira-se que os americanos são uns parvalhões do caralho, como é óbvio. Aqui nos Globos de Ouro do burgo, a escolha do apresentador, no caso, apresentadora, é criteriosa no sentido de que esteja garantida uma total esterilidade cerebral, de que só seja escolhida alguém que, às vezes, nem para ler o teleponto chegue. Mas temos muito mais do que isso. Ao invés da sátira inteligente e agressiva, absolutamente ácida, o humor de grande espectáculo em Portugal é feito na base da palhaçada, ora com piadas constrangedoramente previsíveis, ora com um espalhafato agonizante, próprio de qualquer comédia rasca, ou de qualquer programa da manhã (ou da tarde) da nossa TV. Não imaginam o que perdem, dudes.
2 comentários:
Eu pessoalmente gosto do Prémio Revelação do Ano. Tenho a impressão que há uns anos foi o Mickael Carreira, alguém que claramente teve que batalhar muito pelo seu estatuto e fama.
Além disso, uma categoria que mistura o Manzarra e o Coentrão é, por falta de melhor termo, absurdamente hilariante.
Há muito tempo que não sentia vergonha por uma coisa que não me diz nada de nada respeito. Corei e tudo! Porra. Emoções assim nem mesmo em 3D...
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