Escrevi por cá há tempos que, logo no ano em que o Melhor do Ano FIFA se funde com a mítica Bola de Ouro da France Football, achava que era do interesse de toda a gente que o prémio fosse o mais credível possível, e estivesse colado à realidade. Desconsiderei, absolutamente, que, ao contrário do júri de especialistas e jornalistas que era o modus operandi da France Football, o prémio FIFA se decide consoante os votos dos seleccionadores e dos capitães das selecções desse Mundo. Não há poles, não há presenças obrigatórias e não tem de haver lógicas.
Vai daí, quando a Gazzetta dello Sport avançou o furo de que o trio candidato a Melhor do Ano era Xavi, Messi e Iniesta, com Forlán, Robben e, acima de todos, Sneijder de fora, o choque nem foi assim tão grande. Disse-se também que o vencedor será Iniesta, o mesmo que passou toda a 2ª metade da última época lesionado. Nem sequer deverá ir para Xavi, o único legítimo adversário do desterrado Sneijder, nem para Messi, o melhor do Mundo, há de ir para quem marcou o golo na final do Mundial, porque sim.
Hoje, contudo, a palhaçada engrossou ainda mais. Quem se prepara para ser considerado Treinador do Ano é Del Bosque, porque ganhou 6 jogos e foi Campeão do Mundo, com uma equipa feita por outro, e não Mourinho, que teve de fazer 58 jogos, sim, cinquenta e oito, e ganhou todas as competições que jogou: Campeão italiano, com Taça, e Campeão Europeu, num clube para quem não existia Europa há quase 60 anos.
Apesar do seu processo de eleição arcaico, a FIFA até tem seguido a escolher vencedores pouco contestáveis, adequados ao ano em causa. Se na época em que capa à Bola de Ouro a objectividade e a concorrência, a FIFA optar por uma palhaçada como esta, Blatter e companhia passarão a si próprios um redondo atestado de falta de honestidade intelectual, cuja única consequência palpável será o desprezo de qualquer pessoa com dois dedos de testa. Porque até a FIFA devia saber que, na sua cruzada intemporal por se vender o mais bonita possível, há limites para a falta de vergonha na cara.
Vai daí, quando a Gazzetta dello Sport avançou o furo de que o trio candidato a Melhor do Ano era Xavi, Messi e Iniesta, com Forlán, Robben e, acima de todos, Sneijder de fora, o choque nem foi assim tão grande. Disse-se também que o vencedor será Iniesta, o mesmo que passou toda a 2ª metade da última época lesionado. Nem sequer deverá ir para Xavi, o único legítimo adversário do desterrado Sneijder, nem para Messi, o melhor do Mundo, há de ir para quem marcou o golo na final do Mundial, porque sim.
Hoje, contudo, a palhaçada engrossou ainda mais. Quem se prepara para ser considerado Treinador do Ano é Del Bosque, porque ganhou 6 jogos e foi Campeão do Mundo, com uma equipa feita por outro, e não Mourinho, que teve de fazer 58 jogos, sim, cinquenta e oito, e ganhou todas as competições que jogou: Campeão italiano, com Taça, e Campeão Europeu, num clube para quem não existia Europa há quase 60 anos.
Apesar do seu processo de eleição arcaico, a FIFA até tem seguido a escolher vencedores pouco contestáveis, adequados ao ano em causa. Se na época em que capa à Bola de Ouro a objectividade e a concorrência, a FIFA optar por uma palhaçada como esta, Blatter e companhia passarão a si próprios um redondo atestado de falta de honestidade intelectual, cuja única consequência palpável será o desprezo de qualquer pessoa com dois dedos de testa. Porque até a FIFA devia saber que, na sua cruzada intemporal por se vender o mais bonita possível, há limites para a falta de vergonha na cara.
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