segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O princípio


Não há vitórias morais. Esta era uma eleição perdida à partida que, objectivamente, só poderia ser minorada com a perda da maioria absoluta. Não aconteceu e o que fica para a história é uma despedida eleitoral de Jardim com a garantia de que o seu reinado ficará intocado até ao último dia. Definitivamente beliscado, mas imutável na génese do seu absolutismo. Na última oportunidade de "derrotá-lo" nas urnas, safou-se por menos de mil votos. Mas safou-se, e não há vitórias morais.

Ainda assim seria injusto ignorar os sinais. Pela primeira vez na história da democracia na Madeira, mais de metade das pessoas não votou PSD. Jardim perdeu 19 mil votos, 8 deputados e, na última vez que foi a jogo, teve a sua pior vitória de sempre. Não foi suficiente, e não vou estar aqui a embandeirar uma derrota, mas serviu para mostrar pelo menos uma coisa: que a Madeira não é o PSD. Esse seria sempre o princípio do fim.

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