domingo, 30 de outubro de 2011

Rango


É pouco convencional, pelo menos.

Mais para o fim Rango lá agarra umas linhas comuns para estruturar a acção, mas de resto é quase a tempo inteiro um exercício de um certo devaneio da parte dos seus criadores. Várias vezes com piada e "diferente", outras caótico e tragicómico demais,o resultado é o filme não parecer ter grande fundo durante boa parte do tempo. E, valendo a verdade, espremido, o argumento tem pouco para oferecer, o que torna um pouco oco todo o livre traço criativo, no fim de contas.

Rango é um lagarto de estimação que de repente se perde no deserto, acabando por ir parar a uma pequena civilização western à sua medida, onde se torna ídolo e xerife. É uma história sobre descobrir-se a si próprio, e Rango - teatral por natureza, para o que contribui enormemente a assinatura vocal do inconfundível Johnny Depp - vai encontrar forças que desconhecia ter, e lutar por quem aprendeu a gostar.

Com uma banda sonora muito interessante, onde se incluem as quadras do omnipresente quarteto de corujas mariachi que narra a acção, digamos que é um filme engraçado para se ver uma vez, mas, sinceramente, não mais do que isso.

6/10

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