Há qualquer coisa nos blockbusters que me irrita. Sou dos que acha que há um espaço natural para as boas comédias e para os bons filmes de acção, por si só, longe do drama e do romance, e irrita-me que a maioria dos filmes de super-heróis não tenha a coragem de se afirmar, na verdadeira essência, pelo espectáculo visual e pelo ritmo, muito mais do que por argumentos que, devendo dar mais cor e mais profundidade ao filme, são mutilados pelos desejos comerciais, além de ocos por natureza, e acabam por se tornar numa papa barata de salvar o mundo e salvar o amor da vida, sem ponta de novidade. Este Transformers tem muito disso, de facto. Tem péssima comédia, tem uma estória de amor mal encaixada em momentos do filme, tem o salvar o mundo, e tem, até, algo porventura mais inglório do que um argumento pouco criativo: tem um que é muito mais ambicioso do que se poderia supor, até dada altura, mas que não se concretiza no fim, porque isto é uma saga e não podia ser, o que sabe a desilusão.
Ainda assim, Revenge of the Fallen tem quase tudo o que um verdadeiro filme de acção deve ter, ou não fosse obra e graça de Michael Bay. Para mim, é inferior ao primeiro (que me surpreendeu a toda a linha), muito pela péssima comédia, mas é impossível não gostar dele. Mais do que os efeitos, as personagens, a banda sonora, ou o que quer que seja, este é um filme de realizador, que vive do talento dele para percorrer os inebriantes caminhos da acção, numa cadência incrível, que quase nos deixa afogueados de seguir, algo superiormente combinado com os luxuosos bonecos de Mr. Bay. É que um filme não tem de ser suportado sempre por um argumento denso, extenso sequer, e este é um caso típico, extensível, diria mesmo, ao género Acção, em que, quanto mais curto for o argumento, melhor. Devem haver linhas gerais, contexto, algumas boas ideais, mas um bom filme de acção só pode viver do jogo de cintura e da condução do realizador, justamente da acção em si. O grande defeito de Revenge of the Fallen é, tão-só, a falta de confiança no estofo do género, essa vontade de trabalhar mais as coisas quando elas não deviam ser mais trabalhadas. A incapacidade para keep it simple, apesar de, repito, muita qualidade estar lá.
Para acabar, não seria honesto, para comigo próprio, não falar da Megan Fox. Como actriz, há ali muito pouco, de facto, e os momentos em que o enfoque está nela, têm uma aura de fragilidade permanente, como se ela não se sentisse bem à vontade com o que está a fazer, não tivesse jeito ou estivesse presa de movimentos. Já como personagem, acho que é difícil não admitir que ela é é um ícone de beleza muito maior do que qualquer Transformers poderia alguma vez aspirar. Cada qual terá a sua opinião, seja que ela é burra, vulgar ou que há muitas outras mais apaixonantes do que ela. Para mim, a valer o que vale, Miss Fox é, hoje, a mulher mais sensual do mundo.
Para acabar, não seria honesto, para comigo próprio, não falar da Megan Fox. Como actriz, há ali muito pouco, de facto, e os momentos em que o enfoque está nela, têm uma aura de fragilidade permanente, como se ela não se sentisse bem à vontade com o que está a fazer, não tivesse jeito ou estivesse presa de movimentos. Já como personagem, acho que é difícil não admitir que ela é é um ícone de beleza muito maior do que qualquer Transformers poderia alguma vez aspirar. Cada qual terá a sua opinião, seja que ela é burra, vulgar ou que há muitas outras mais apaixonantes do que ela. Para mim, a valer o que vale, Miss Fox é, hoje, a mulher mais sensual do mundo.
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