domingo, 23 de maio de 2010

Sparks, versão 4


Acho que é preciso falar de cada filme tendo presente o seu género. Um romance ou uma comédia romântica pode não ser nenhuma obra de arte mas, no seu contexto, pode ser um trabalho interessante e de valor. Penso sempre nisto quando vejo coisas mais comerciais. Uma grande comédia pode ser equiparável a um grande drama, porque cada género tem uma escala, e não faz sentido a silenciosa superioridade moral do género dramático.

Dear John não tem nada a ver com isto. Não é um grande romance, não é sequer bonzinho, e dificilmente é giro. É um filme com uma realização certinha, totalmente aversa ao risco, com uma banda sonora certinha, e com dois protagonistas bonitinhos, mas está longe de ser um romance que valha a pena. O argumento é todo um desconsolo, e, mesmo a resistir à tentação da previsibilidade, é constrangedoramente pobre no que sobra. Já há muito tempo que, com a honrosa excepção que é The Notebook, perdi a consideração a filmes baseados no Nicholas Sparks. Ninguém pode falhar tantas adaptações.

De resto, só mais uma coisa sobre o protagonista: o Channing Tatum tem a expressividade de uma parede. Ao pé dele, acho que até o Patinson pareceria competente.

1 comentário:

Aline disse...

concordo plenamente x) (excepto com a parte do Patinson, ele é maravilhoso e melhor do que o Keanu Reeves ahhaha :D)