segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Há dias assim

Hulk a fazer o marcador especial David Luiz espalhar-se atrás dele no 1-0. 3-0 à meia hora, e com mais um calcanhar assombroso de Falcão. Hulk a fazer Coentrão, o único equiparável, abalroá-lo no 4-0. O Benfica humilhado e a 10 pontos do líder, quando só já foi um terço de campeonato. E uma Supertaça pelo caminho. O jogo de hoje foi tão incrível como tem sido a época do Porto, nada menos do que isso. Os números são extraordinários, mas o que mais salta à vista é a qualidade no campo e a personalidade que a equipa transborda. Disse, no início de época, que Vilas Boas era uma evidente aposta de risco, quiçá um tanto ou quanto desnecessária para um Porto vindo dum ano mau. Digo hoje que este é, sem grande sombra de dúvida, o Porto mais entusiasmante do pós-Mourinho.

Amanhã dir-se-á que Jesus duvidou, hesitou e que os 3 centrais e os 5 médios foram o princípio moral dum resultado que envergonhará o Benfica durante muito tempo. Digo que foi um jogo ingrato, e que é injusto julgar o treinador do Benfica. Jesus não foi orgulhoso e foi inteligente o suficiente para reconhecer a superioridade do Porto. A ser lúcido ao pensar o jogo, estaria sempre mais próximo de ganhar. Perdeu, por 5 dadas as condicionantes dum jogo perfeito para o adversário, há deles assim, como teria perdido com Peixoto, Saviola e o mesmo esquema em campo. Os adversários não gostarão de ouvir, e este campeonato ainda poderá dar muitas voltas, mas a realidade é só uma: este Porto, o de hoje como dos últimos 3 meses, não tem adversário na Liga Portuguesa.

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