segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Nunca tinha visto nada assim.

Nunca, em tantos anos de futebol.

O Real chegou à Catalunha num altar, com Messi ofuscado por Ronaldo, e com o mundo aos pés de Mourinho. Nunca o Madrid teria entrado tão favorito no Camp Nou, e tenho para mim que até os melhores barcelonistas sentiam o arrepio pelo monstro.

O que se viu foi, no entanto, avassalador. Os extraordinários 5-0 claro, mas sobretudo a violência da superioridade do Barça em todos os segundos do jogo. Não existiram 5 minutos do Real, sequer. Só um banho de proporções apocalípticas, com 80% ou mais de posse de bola, uma pressão assassina, bolas atrás de bolas de golo, e um toque e uma gestão tão insinuantes, tão fáceis, tão debochantes, que fizeram o Real parecer a equipa mais vulgar do universo. Foi a maior humilhação da vida futebolística de quase todos aqueles jogadores, e de Mourinho, acima de todos.

Claro que hoje não se perdeu um campeonato, e que o Madrid continua a ter oportunidades mais do que palpáveis de chegar ao título. Tal como não morreu o projecto-Mourinho, e tal como este Real ainda vai a tempo de fazer muitas coisas grandes. Destes 90 minutos ficou, contudo, uma demonstração de força que, pelo simbolismo e pelo contexto, não tem precedentes. E a certeza absoluta de que o Barça ainda é a melhor equipa do Mundo.

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