terça-feira, 9 de novembro de 2010

O dia em que o presidente do meu clube agrediu um jornalista

"Na manhã desta terça-feira, Carlos Pereira agrediu um jornalista do Diário de Notícias da Madeira, que acompanhava os trabalhos do plantel às ordens de Pedro Martins.

Ao Maisfutebol, o editor de desporto do periódico explicou tudo o que se passou com o jornalista Marco Freitas. «O presidente do Marítimo nem perguntou nada ao meu colega. Apareceu pelas costas, deu-lhe um murro na cabeça e arranhou-o no pescoço», descreve Edmar Fernandes.

«É uma situação lamentável e nada justifica este acto. O Marítimo cortou relações connosco porque não temos medo de dizer as coisas como elas são.»"



O Diário de Notícias da Madeira foi incorrecto para com o Marítimo recentemente. E já pediu desculpas também, apesar de continuar sem credenciais para os jogos nem para os treinos. A equipa está mal, a instabilidade dos últimos largos anos começa a tocar o insuportável, e Carlos Pereira tem sido bastante visado por todos, adeptos em primeiro lugar.

Se o DN foca mais ou não a situação pelo que aconteceu, não sei. Sei que tem veiculado um desagrado que está instalado. E sei, acima de tudo, que o Presidente duma das maiores instituições desportivas do país tem de ter estatura moral para o cargo que ocupa. Seja qual for a agressividade da relação que se criou, NUNCA será nem sequer remotamente aceitável, nem ao Presidente do Marítimo nem a ninguém, que se agrida um jornalista no exercício das suas funções. Porque isto não é a Coreia, nem o Irão, nem a Venezuela, e porque as acções de Carlos Pereira, são, antes de tudo, as acções do Presidente do Marítimo. Se não tem, ao fim destes anos todos, maturidade intelectual para aceitar as críticas e para ter consciência das suas responsabilidades, então o melhor que Carlos Pereira tem a fazer é pôr imediatamente o seu lugar à disposição. Mesmo que amanhã o Presidente do Governo Regional até lhe venha dizer que agredir e tentar calar jornalistas é normal.

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