sábado, 28 de maio de 2011

Fast Five


Tendo em conta que é o quinto de uma série que estava em decréscimo desde o primeiro, e que parecia enterrada, é um filme notável.

Dois anos depois de parecer que a marca já não tinha mais nada para dar, Fast and Furious 5 foi uma absoluta surpresa. Claro que não passa incólume - pena a javardice da sequência final -, e que não é nenhum groundbreaking dos filmes de acção, mas é um projecto inteligente e equilibrado, ponteado por uma série de twists criativos, e, acima de tudo, coroado pelo charme de uma saga que chegou ao seu auge de maturação.

Apesar dos caminhos tortuosos que a história seguiu desde 2001, com destaque para o enorme tiro ao lado que foi Tokyo Drift, quem vê Fast Five não pode ficar indiferente ao seu carisma. Não sei se por ser quase uma "reunion", ou pela simbiose notável entre Vin Diesel e Paul Walker, mas, 10 anos depois, a saga exala nostalgia e uma sensação "familiar" de identificação, tão comum à saga Ocean's ou, pessoalmente, ao 60 Segundos.

Também deu para confirmar uma opinião que já tenho há bastante tempo: Vin Diesel é um actor subvalorizado. Não é, obviamente, uma sumidade da interpretação, mas tem um carisma excepcional. Essa força no ecrã é incontornável e projecta-o bem para além do bruta-montes da porrada. Com Paul Walker, forma um núcleo que já é icónico. Há uma ou outra personagem deslocada - Joaquim de Almeida é pouco expressivo, a dupla espanholada do grupo é desnecessária -, mas no geral funciona bem, incluindo as senhoras (Jordana Brewster a menos, Gal Gadot melhor) e até o velho Dwayne 'The Rock' Johnson.

Tenho um fraquinho inveterado pelo romantismo dos filmes de roubos, com Heat, The Insider, Ocean's, 60 Seconds e tudo mais. Hoje os furiosos deixaram de ser o parente pobre da galeria.

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