"Num jogo de futebol só vemos o estádio. Numa corrida vemos o país, as pessoas, as paisagens. Essa é a magia do ciclismo: a rua."
Eddy Merckx em entrevista a A BOLA, esta semana
Começou hoje o Giro, que vou tentar acompanhar mais de perto pela primeira vez.
Faltam muitos nomes graúdos à antecâmara do Tour, mas estão no pelotão, fora a armada italiana - Nibali, Scarponi, Di Luca -, velhos conhecidos como Menchov, Sastre, Popovych, Arroyo ou Kreuziger, e, sem dúvida, Contador. Parte substancial do interesse da prova residirá na roda daquele que era até há bem pouco tempo o indiscutível número 1 do Mundo, altura em que se afogou no escândalo de doping do qual ainda tenta provar a inocência, num veredicto que será conhecido antes do Tour.
Outro grande ponto de interesse será a performance da comitiva portuguesa, encabeçada por Tiago Machado, que teve a honra de ser considerado chefe de fila da poderosa Radioshack. Machado tem feito lugares fortes este ano, mas o antigo ciclista do Boavista nunca correu uma prova de três semanas e a maneira como reagirá é uma incógnita.
Também na Radioshack está Manuel Cardoso, uma promessa no sprint onde os portugueses não têm grande tradição, que vai espreitar a sua sorte num conjunto muito vocacionado para chegadas em velocidade, com Robert Hunter e o lendário Robbie McEwen. Os sprints serão, aliás, dignos de expectativas, já que a McEwen e ao super-Cavendish, o melhor do Mundo, se junta Petacchi, um peso pesado que tem por hábito falhar o Tour.
Bruno Pires é o "terceiro elemento" da caravana lusa e chega a Itália para correr por fora, na recém-criada Leopard-Trek, dos irmãos Schleck, que guardou todo o luxuoso plantel para a Volta a França.
Contador é o grande favorito e estou curioso para ver como se comporta, mas torço por Menchov. Tiago Machado dificilmente correrá para a vitória, mas é legítimo esperar que se bata pelo top-10, num Giro muito duro, que terá 6 etapas de alta montanha nos últimos 9 dias.
Faltam muitos nomes graúdos à antecâmara do Tour, mas estão no pelotão, fora a armada italiana - Nibali, Scarponi, Di Luca -, velhos conhecidos como Menchov, Sastre, Popovych, Arroyo ou Kreuziger, e, sem dúvida, Contador. Parte substancial do interesse da prova residirá na roda daquele que era até há bem pouco tempo o indiscutível número 1 do Mundo, altura em que se afogou no escândalo de doping do qual ainda tenta provar a inocência, num veredicto que será conhecido antes do Tour.
Outro grande ponto de interesse será a performance da comitiva portuguesa, encabeçada por Tiago Machado, que teve a honra de ser considerado chefe de fila da poderosa Radioshack. Machado tem feito lugares fortes este ano, mas o antigo ciclista do Boavista nunca correu uma prova de três semanas e a maneira como reagirá é uma incógnita.
Também na Radioshack está Manuel Cardoso, uma promessa no sprint onde os portugueses não têm grande tradição, que vai espreitar a sua sorte num conjunto muito vocacionado para chegadas em velocidade, com Robert Hunter e o lendário Robbie McEwen. Os sprints serão, aliás, dignos de expectativas, já que a McEwen e ao super-Cavendish, o melhor do Mundo, se junta Petacchi, um peso pesado que tem por hábito falhar o Tour.
Bruno Pires é o "terceiro elemento" da caravana lusa e chega a Itália para correr por fora, na recém-criada Leopard-Trek, dos irmãos Schleck, que guardou todo o luxuoso plantel para a Volta a França.
Contador é o grande favorito e estou curioso para ver como se comporta, mas torço por Menchov. Tiago Machado dificilmente correrá para a vitória, mas é legítimo esperar que se bata pelo top-10, num Giro muito duro, que terá 6 etapas de alta montanha nos últimos 9 dias.
2 comentários:
Queria muito ter lido essa entrevista. nem soube disso (felizes os que estão em estágio e que têm tempo para tudo :P)
Merckx tem razão. Eu quando via ciclismo no início era porque via paisagens absolutamente fabulosas, nomeadamente no Tour de France, quando estava em casa sem nada para fazer. hoje vejo ciclismo com olhos de ver e sinto-me feliz por isso e aconselho a todos que comecem a ver ciclismo (os que ainda não o fazem) pois é uma modalidade fantástica.
sobre o Giro eu aposto em Contador e a 2ª opção é Di Luca, como já te disse hoje.
Entre os italianos gostava também de destacar Garzelli e Visconti que podem muito bem chegar ao top-10. Aliás, não ficaria nada surpreendido se metade dos primeiros 10 da geral fossem, no fim, italianos.
Na categoria de sprinters não nos podemos esquecer de Farrar nem de Ciolek. Mesmo assim, creio que a camisola de pontos ou vai para Cavendish ou vai para Petacchi.
Vai ser um Giro muito duro, com toda essa montanha que referiste e ainda 2 contrarrelógios (um curto e outro relativamente longo) nesses últimos 9 dias o que, para as contas e para o espetáculo, vai ser bonito de ver...
PS: é precisamente nesta altura que tenho a maior carga de trabalhos do semestre... que seca!
Quem me dera passar o estágio só a ver o Giro! Mas sim, penso que vai dar para acompanhar sim senhor.
E mais gente devia valorizar o ciclismo, sem dúvida. Pena os escândalos, mas é uma modalidade fantástica.
Enviar um comentário