"Segundo lugar no campeonato, meias-finais da Taça de Portugal e da Liga Europa e conquista da Taça da Liga significam uma época desastrosa, como se apregoa? Não me parece. Diria mesmo que é a terceira melhor temporada da década, só ultrapassada pelas duas em que o Benfica se sagrou campeão nacional."
Alexandre Pereira, no maisfutebol
No ano passado seria uma dúvida risível. Depois dos 5-0 no Dragão, na primeira-volta, reforcei que era bárbaro o Benfica ponderar abdicar de Jesus quando o nível do seu trabalho recente ainda era tão evidente. Mesmo com a Liga só ao fundo do túnel, a equipa acabou por responder superiormente e voltou à performance do ano passado, ganhando 20 jogos oficiais seguidos e chegando às meias-finais de uma competição europeia.
A questão é que não houve final feliz. O Benfica de Jesus acabou por ser absolutamente amassado neste final de época, e perdeu da forma mais humilhante possível todos os seus anéis - rival campeão na Luz, rival a virar uma meia-final impossível na Luz e outra meia-final perdida para um adversário caseiro. Como é que um treinador que foi completamente impotente, vez sobre vez, ainda pode motivar um grupo?
É uma dúvida mais do que razoável e a questão é, indubitavelmente, delicada e complexa. Tal como sublinha Alexandre Pereira é, porém, indispensável fazer uma análise racional ao trabalho de Jesus no Benfica: a qualidade de jogo que foi capaz de demonstrar nestas duas épocas, um título e uma meia-final europeia (mais duas Taças da Liga), são, de facto, o melhor que o clube mostrou em muitos anos. Mantenho, por isso, o que disse há meses: começar do zero não terá mais probabilidades de resultar do que de falhar e Jorge Jesus não é um treinador qualquer.
A questão é que não houve final feliz. O Benfica de Jesus acabou por ser absolutamente amassado neste final de época, e perdeu da forma mais humilhante possível todos os seus anéis - rival campeão na Luz, rival a virar uma meia-final impossível na Luz e outra meia-final perdida para um adversário caseiro. Como é que um treinador que foi completamente impotente, vez sobre vez, ainda pode motivar um grupo?
É uma dúvida mais do que razoável e a questão é, indubitavelmente, delicada e complexa. Tal como sublinha Alexandre Pereira é, porém, indispensável fazer uma análise racional ao trabalho de Jesus no Benfica: a qualidade de jogo que foi capaz de demonstrar nestas duas épocas, um título e uma meia-final europeia (mais duas Taças da Liga), são, de facto, o melhor que o clube mostrou em muitos anos. Mantenho, por isso, o que disse há meses: começar do zero não terá mais probabilidades de resultar do que de falhar e Jorge Jesus não é um treinador qualquer.
2 comentários:
tudo isto porque a época passada deixou enormíssimas expetativas, porque os substitutos de Di Maria e Ramires não dão nem metade do que estes davam, porque Cardozo está que nem um encalhado das patas e porque Roberto comprou as luvas na Exposição Alemã (pensou que seria como o Oliver Kahn).
Sobretudo as expectativas altas, mas acho que a época extraordinária do Porto acima de tudo. Não estivessem mais equipas portuguesas nas meias-finas da UEFA e o Porto não tivesse ido à Luz virar incrivelmente o 0-2 na Taça, e provavelmente ninguém lhe estaria a pedir a cabeça.
Mesmo a nível individual, pesou a demora na adaptação do Gaitán e do Salvio, mas sobretudo porque o Porto ganhou os jogos todos no início.
Se calhar, apesar de tudo, havia obrigação de fazer melhor, mas julgá-lo por este ano tendo em conta o que foram os últimos 10 anos do Benfica não é justo.
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