terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

E se o país fosse como Mourinho e Ronaldo?


Nem o campeonato estava perdido depois da derrota no Bernabéu, nem está ganho agora. É bom não esquecer que o adversário é, provavelmente, a melhor equipa da História, e que uma coisa que parecia impossível há um par de meses - ganhar-lhes uma prova de regularidade - não será, agora, um mero passeio triunfal.

No entanto, ter, a meio de Fevereiro, 10 pontos de vantagem para este Barcelona, é impensável. O Real só poderia ganhar um campeonato à melhor equipa de sempre se fosse perfeito, e é exactamente isso que tem sido. Quem acha que esta liga é resultado de um Barcelona "mais fraco", não faz a menor ideia: cada milésimo desta dezena de pontos é mérito integral de um Real que tem sido estratosférico, e que ameaça todos os recordes da História da Liga Espanhola, um Real que percebeu que tinha de ser muito melhor do que o melhor, para poder triunfar. Um Real que só o tem sido, sublinhe-se, graças aos dois maiores intérpretes de todos os tempos do Desporto português, dois extra-terrestres que nasceram para ganhar, e dos quais o país se devia orgulhar incondicionalmente, muito, mas muito mais do que o faz.

O Barça ameaça cair não porque se desmotivou, ou porque está diferente, mas porque nem a melhor equipa de sempre acreditou que o adversário se pudesse transcender tanto. Quem viu os últimos anos, quem percebe o que é este Barcelona, sabe que o campeonato que o Madrid está a fazer é uma irrealidade, cujo verdadeiro alcance só perceberemos daqui a muitos anos.

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