sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

The Next Three Days


É o tipo de filme que acerta facilmente, e que me costuma apanhar: thriller, com realização e argumento dum grande senhor - Paul Haggis, que tem, às suas custas, coisas como Crash, Million Dollar Baby e Casino Royale - e um elenco de luxo, ponteado por Russel Crowe, a minha maior referência.

Há ritmo, há a qualidade intrínseca por toda a gente boa que tem envolvido, e até existe uma ou outra nuance interessante, sobretudo a humanização e o sacrifício dalguém que leva a cabo esse plano sem ser nenhum mastermind, e sem estar a lutar contra o sistema ou o que quer que seja. Mas a verdade é que não foi suficiente. Não era fácil fazer um filme sobre tirar alguém da prisão e fugir, porque mais batido que isso é difícil, e The Next Three Days não consegue evitar o exagero e a previsibilidade, o que torna inevitável que se esgote, e perca progressivamente o interesse, nas suas mais de 2 horas.

Crowe não está frouxo, mas fazem-lhe falta papéis ao nível de Cinderella Man (e de Beautiful Mind, e de Gladiator...), já lá vão seis anos. O verdadeiro perfume interpretativo de The Next Three Days são os 10 minutos (nem sequer) de Liam Neeson, uma eterna chapa de qualidade.

Podia ser bem melhor.

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