quarta-feira, 13 de julho de 2011

COPA AMÉRICA 2011: Uruguai 1-0 México


Na mesma situação de Argentina e Brasil à entrada para a última jornada da fase de grupos - dois empates em dois jogos -, também os uruguaios precisavam de ganhar para seguir em frente, e também eles o fizeram frente a mais uma equipa de sub22, como a Argentina, na véspera.

Um ano depois, a equipa de Tabárez continua a ser muito parecida: esperançada no virtuosismo da frente mas, sobretudo, disciplinada, fria e relativamente eficaz. Os uruguaios arriscam pouco, e não são criativos em posse, mas o veneno do seu jogo continua a dar resultados, ainda que isso acabe por tornar as suas exibições um tanto ou quanto entediantes.

Em vez do 4-3-3 do costume, com um triplo-pivot no meio e o tridente ofensivo Cavani-Forlán-Suárez, desta vez Tabárez prescindiu de Cavani, desenhando a equipa em 4-4-2, com um discreto Álvaro González a cobrir a direita e o portista Rodríguez à esquerda.

O Cebola acabou por ser mesmo o melhor jogador em campo. Fresco e repentista, foi o mais entusiasta na frente de ataque, e o principal responsável pela maioria dos bons rasgos uruguaios. Com Álvaro Pereira, o outro portista, e os seus raides permanentes, formou um belo flanco esquerdo. Em dia de Forlán pouco inspirado, Suárez foi o outro foco de trabalhos, ainda que na toada contida que a equipa apresenta sempre. Ao intervalo a qualificação já estava no bolso e, do outro lado, só com o genial Giovanni dos Santos a fazer pela vida (como é que é possível não ser referência num grande europeu?), não houve muito mais com que se preocupar.

Nos quartos de final jogar-se-á o esperado Argentina-Uruguai. Os argentinos têm mais talento e jogam para ser muito mais espectaculares, mas o Uruguai é, como provou na África do Sul, um adversário de temível sangue frio, e não me surpreenderia se Batista não tivesse engenho para evitar a ratoeira de Tabárez.

Sem comentários: