E Evans ganhou mesmo. O eterno segundo (duas vezes no Tour, quatro no Dauphiné!) chegou finalmente ao céu, num contra-relógio de último fôlego verdadeiramente extraordinário, saído do fundo da sua alma. Apesar de ser especialista na disciplina, confiava na moral com que Andy Schleck correria em Grenoble, consciente de que estava a uma unha negra de vencer finalmente, depois da incessante sombra de Contador nas duas últimas edições. O minuto com que entrou na última etapa não esteve, contudo, sequer perto de ser suficiente para conservar a amarela conquistada nos Alpes, e, aos 26 anos, o Schleck mais novo comete a proeza de ficar em segundo pela... terceira vez. Nos últimos anos tinha sido ele o único a dar luta a Contador. Desta vez, com o caminho livre, não esteve ao nível das responsabilidades, e, nos próximos anos, terá de bater o estigma abissal que criou.
Para Evans é uma vitória extraordinária, por tudo. Porque a conseguiu na última etapa, porque já tinha 34 anos (foi o terceiro vencedor mais velho de sempre!) e, sobretudo, porque o destino nunca pareceu querer nada com ele. Como li na Marca, os próprios Schleck preocuparam-se sempre mais com Contador porque, no fundo, estava toda a gente à espera que lhe acontecesse alguma coisa, como de costume.
Afinal, o homem que até já foi bicampeão mundial de mountain-bike e campeão do mundo de estrada teve finalmente a única vitória com que sempre sonhou. No Inverno já o garantia: "Ainda tenho uma palavra a dizer: com ou sem Contador sou candidato à vitória." E sabia-o bem. Nunca fui seu fã, mas o australiano fez um Tour belíssimo, e é um daqueles tipos que merecem: sem ser espectacular, deixou a alma toda na estrada, e, na última oportunidade que teria para ganhar, fintou o destino. É daquelas histórias de que se gosta.
Contador ainda lá esteve a dar espectáculo nos Alpes, e em parelha com Samuel Sanchéz - imagine-se o espectáculo! -, mas não foi suficiente, como se esperava. Ainda assim, o melhor do mundo caiu como um campeão, na primeira grande Volta em que competiu mas não venceu, desde 2007. Para o ano estará lá, como novo.
Thomas Voeckler é o herói desta Volta e, apesar de ter falhado o pódio, vai no coração de toda a gente, como nenhum outro francês em anos e anos; Samuel Sanchéz foi tão monumental como sempre, e, além de um brilhante 6º lugar, sai como rei da Montanha, uma camisola feita à sua medida. E lembrar ainda Cavendish, a locomotiva que cresce em lenda de ano para ano. Mais 5 vitórias, uns números impensáveis. Há 7 ou 8 anos, quando comecei a ver ciclismo, nunca pensei ver algum sprinter melhor que McEwen...
Um grande Tour, indiscutivelmente.
Para Evans é uma vitória extraordinária, por tudo. Porque a conseguiu na última etapa, porque já tinha 34 anos (foi o terceiro vencedor mais velho de sempre!) e, sobretudo, porque o destino nunca pareceu querer nada com ele. Como li na Marca, os próprios Schleck preocuparam-se sempre mais com Contador porque, no fundo, estava toda a gente à espera que lhe acontecesse alguma coisa, como de costume.
Afinal, o homem que até já foi bicampeão mundial de mountain-bike e campeão do mundo de estrada teve finalmente a única vitória com que sempre sonhou. No Inverno já o garantia: "Ainda tenho uma palavra a dizer: com ou sem Contador sou candidato à vitória." E sabia-o bem. Nunca fui seu fã, mas o australiano fez um Tour belíssimo, e é um daqueles tipos que merecem: sem ser espectacular, deixou a alma toda na estrada, e, na última oportunidade que teria para ganhar, fintou o destino. É daquelas histórias de que se gosta.
Contador ainda lá esteve a dar espectáculo nos Alpes, e em parelha com Samuel Sanchéz - imagine-se o espectáculo! -, mas não foi suficiente, como se esperava. Ainda assim, o melhor do mundo caiu como um campeão, na primeira grande Volta em que competiu mas não venceu, desde 2007. Para o ano estará lá, como novo.
Thomas Voeckler é o herói desta Volta e, apesar de ter falhado o pódio, vai no coração de toda a gente, como nenhum outro francês em anos e anos; Samuel Sanchéz foi tão monumental como sempre, e, além de um brilhante 6º lugar, sai como rei da Montanha, uma camisola feita à sua medida. E lembrar ainda Cavendish, a locomotiva que cresce em lenda de ano para ano. Mais 5 vitórias, uns números impensáveis. Há 7 ou 8 anos, quando comecei a ver ciclismo, nunca pensei ver algum sprinter melhor que McEwen...
Um grande Tour, indiscutivelmente.
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