quarta-feira, 27 de julho de 2011

Do orgulho charrúa


O Uruguai também ganhou.

Estava ali tão a jeito que cheguei a duvidar, ainda por cima frente àquele exército paraguaio dos 5 empates, mas os homens de Tabárez fizeram o pós-Argentina ao ritmo de campeões.

O eterno Uruguai, o monstro adormecido da América do Sul, é hoje, como já sancionou o próprio Mourinho, a melhor selecção do continente: colectivismo, força mental, inteligência, a sua tão tradicional agressividade e centelha de génio no ataque.

Num ano, o 4º lugar no Mundial e a vitória na Copa América. Com ela, os uruguaios tornaram-se na selecção sul-americana com mais Copas (15), e mais importante, na selecção mais titulada a nível mundial (20). Com o gigante de volta à ribalta à laia de conto de fadas, até houve espaço para uma daquelas histórias apaixonantes: Dieguito Forlán foi só o terceiro da família a levantar o troféu. Antes dele, pai e... avô já o tinham feito. Legado deve ser isto.

Mérito, acima de todos, do velho Tabárez, e de um projecto de futebol que é seu de ponta a ponta. Em campo, Suárez e Forlán são a cara (8 anos de diferença entre os dois e parece que jogaram juntos toda a vida), mas é impossível dissociar Muslera, Maxi, Lugano, Cáceres, Rios, Pérez e Álvaro. O que, ao fim e ao cabo, fala por si. Pena ainda faltarem três anos para o Rio de Janeiro.

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