Paupérrimo.
Nunca li Tintin, mas esperava uma história de aventuras pura, cativante e criativa. O resultado, contudo, é deprimente. A estreia de Spielberg na Animação rendeu uma amálgama largamente exagerada de efeitos especiais sem sentido nenhum e, pior do que tudo, uma história de uma banalidade constrangedora, alicerçada em protagonistas que são muito mais MacGyvers ilógicos, do que personagens humanizadas (para nem falar nos super-animais). Aliás, o filme não tem contacto nenhum nem com a lógica nem com a realidade. É uma história de impossibilidades e exageros, que usa um suposto grande mistério do passado para tentar ser muito melhor do que é, e que não tem, durante a 1h40 de duração, traço nenhum de empatia. A juntar a isso, os bonecos são todos pobres, com destaque para o protagonista, que não tem um rigoroso pingo de alma.
Com War Horse, foi um ano absolutamente desolador para Spielberg, que não realizava há 3 anos, e que, saliente-se, não faz um filme bom desde 2005 (Munich), e um muito bom há uma década (Catch Me If You Can, 2002). Para a próxima temporada, as fichas estarão todas em Lincoln, mas não está fácil manter as expectativas altas.
Em suma, Tintin é um filme de densidade zero, que só se evidencia pelo espectáculo visual inerente a ser um produto caro. Ficou, e com toda a justiça, fora dos Óscares, depois de, sabe-se lá como, ter ganho o Globo de Ouro. Mau demais.
4/10
Nunca li Tintin, mas esperava uma história de aventuras pura, cativante e criativa. O resultado, contudo, é deprimente. A estreia de Spielberg na Animação rendeu uma amálgama largamente exagerada de efeitos especiais sem sentido nenhum e, pior do que tudo, uma história de uma banalidade constrangedora, alicerçada em protagonistas que são muito mais MacGyvers ilógicos, do que personagens humanizadas (para nem falar nos super-animais). Aliás, o filme não tem contacto nenhum nem com a lógica nem com a realidade. É uma história de impossibilidades e exageros, que usa um suposto grande mistério do passado para tentar ser muito melhor do que é, e que não tem, durante a 1h40 de duração, traço nenhum de empatia. A juntar a isso, os bonecos são todos pobres, com destaque para o protagonista, que não tem um rigoroso pingo de alma.
Com War Horse, foi um ano absolutamente desolador para Spielberg, que não realizava há 3 anos, e que, saliente-se, não faz um filme bom desde 2005 (Munich), e um muito bom há uma década (Catch Me If You Can, 2002). Para a próxima temporada, as fichas estarão todas em Lincoln, mas não está fácil manter as expectativas altas.
Em suma, Tintin é um filme de densidade zero, que só se evidencia pelo espectáculo visual inerente a ser um produto caro. Ficou, e com toda a justiça, fora dos Óscares, depois de, sabe-se lá como, ter ganho o Globo de Ouro. Mau demais.
4/10
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