Na sua própria lista de 50 títulos, o Metacritic considerou que 2012 apresenta o melhor catálogo de filmes em mais de uma década. Certo é que, com mais ou menos optimismo, há toda uma lista de coisas a deixar água na boca.
1. The Hobbit: An Unexpected Journey (Dezembro), Peter Jackson
2. The Dark Knight Rises (Julho), Christopher Nolan
3. Django Unchained (Dezembro), Quentin Tarantino
4. World War Z (Dezembro), Marc Forster
5. Lincoln (Dezembro), Spielberg
6. Brave (Junho), Mark Andrews & Brenda Chapman (Pixar)
7. 007 Skyfall (Novembro), Sam Mendes
8. Nero Fiddled (Junho), Woody Allen
9. Argo (Setembro), Ben Affleck
10. The Great Gatsby (Dezembro), Baz Luhrmann
As expectativas são indescritíveis, e o trailer já escancarou o apetite. Até custa a crer que passaram 9 anos, e que o mago Peter Jackson vai mesmo materializar um filme que pareceu tantas vezes não ir existir. An Unexpected Journey é a primeira parte da adaptação de The Hobbit, que já tive a oportunidade de ler, uma prequela a O Senhor dos Anéis. É indispensável ter consciência da dificuldade que será estar ao nível de uma obra-prima, além de que Hobbit é uma obra mais ligeira, mas estão quase todos de volta, há uns quantos novos dignos de registo, e está, sobretudo, Peter Jackson na cadeira que lhe pertence. O apelo é irreprimível.
2. The Dark Knight Rises (Julho), Christopher Nolan
Se Peter Jackson tem legado, Chris Nolan está lá bem perto em devoção: 4 anos depois do melhor filme de super-heróis de todos os tempos, o mais genial realizador da actualidade prepara-se para fechar a trilogia do seu Batman. Com o que está para trás, também aqui é tão difícil estar à altura como moderar as expectativas, mas se Hobbit é um "renascimento", Dark Knight Rises tem a grandiosidade de um último capítulo, e acredito piamente que Nolan não vá desiludir. A acção ocorre 8 anos depois dos eventos de Dark Knight, e a grande aquisição do elenco é o irascível Tom Hardy, na pele de Bane, que tentará destronar a performance oscarizada de Heath Ledger, como Joker.
3. Django Unchained (Dezembro), Quentin Tarantino
Um filme de Tarantino seria sempre razão mais do que suficiente para justificar o entusiasmo, quanto mais o seu regresso ao fim de três anos, e com Di Caprio como trunfo. Django Unchained é um Western sobre um escravo liberto que se tornou no braço direito de um caçador de recompensas, e conta a sua caminhada para resgatar a mulher das garras de um brutal fazendeiro esclavagista. Haja espectáculo, num elenco onde ainda pontificam Jamie Foxx e Christopher Waltz.
4. World War Z (Dezembro), Marc Forster
E agora algo razoavelmente surpreendente: o filme de zombies do ano será protagonizado por... Brad Pitt! Ache-se o que se quiser, mas se Pitt está no barco, o melhor é confiar. A história baseia-se num livro de Max Brooks (2006), que, em vez de uma narrativa tradicional, compôs a sua obra pós-apocalíptica como se de uma reunião de testemunhos se tratasse. É um compacto de entrevistas às mais diversas pessoas que, ao longo de uma década, teriam vivido a guerra frente aos zombies e, aquando da publicação, a crítica chegou a considerar que a obra reinventava o género. Matthew Carnahan, que fez um grande trabalho em State of Play, vai adaptar o argumento, e a excelente Mireille Enos (The Killing), será o par de Pitt. Muita curiosidade.
5. Lincoln (Dezembro), Spielberg
A última década não tem sido meiga para Spielberg: um único grande filme - Munich -, e já lá vão 7 anos. Lincoln surge, ainda para mais, na ressaca de um ano miserável (War Horse e Tintin...), pelo que as expectativas são mais moderadas do que seria suposto. De qualquer maneira, as condições para o regresso aos grandes filmes não poderiam ser melhores: a história é a de um presidente-ícone, o argumento é de John Logan (Gladiator, The Last Samurai e, no ano passado, Hugo), e o protagonista é nada menos do que Daniel Day-Lewis (2 Óscares), que regressa após 3 anos. O filme, que se centrará nos últimos 4 meses da vida de Lincoln, conta ainda com Tommy Lee Jones e Joseph Gordon-Levitt.
6. Brave (Junho), Mark Andrews & Brenda Chapman (Pixar)
Depois de dois anos pobres a nível de Animação, a Pixar volta finalmente aos originais, e Brave será a sua única não-sequela no espaço de 5 anos (2009-2014). A história é a de uma jovem princesa escocesa do século X, determinada a fazer o seu próprio caminho, e que, para tal, vai desafiar as tradições de todo um reino. Será a primeira vez que a Pixar tem uma protagonista feminina, e da Pixar espera-se sempre o melhor.
7. 007 Skyfall (Novembro), Sam Mendes
Há 6 anos, Casino Royale marcou uma autêntica revolução na percepção dos filmes Bond, por ter consumado a espantosa transição entre a acção-espectáculo, tão enraizada, e um verdadeiro argumento. Toda a gente passou a levar os 007 a sério e, apesar de Quantum of Solace ter desiludido, parecem reunidas as condições para a saga voltar a deslumbrar: a realização ficou a cargo de Sam Mendes (American Beauty!), e o argumento será da co-autoria do já aqui referido John Logan, que, este ano, também assina Lincoln. Javier Bardem, como vilão, é a cereja no topo do bolo.
8. Nero Fiddled (Junho), Woody Allen
Depois de um ano extraordinário, que lhe valeu o filme mais rentável da carreira e o seu 4º Óscar, o mestre Woody Allen continua o seu périplo pela Europa e, desta vez, assenta malas e bagagens em Roma. Nero Fiddled é mais uma comédia romântica, com o destaque de marcar o seu regresso à interpretação, ao fim de 6 anos. A acompanhá-lo, estão as magníficas Penélope Cruz e Ellen Page, e ainda Jesse Eisenberg e Alec Baldwin. O filme sai a abrir o Verão, como no ano passado, e é imperdível, como sempre.
9. Argo (Setembro), Ben Affleck
No ano em que chega aos 40, o antigo menino bonito de Hollywood apresenta a sua terceira realização, depois dos bem sucedidos Gone Baby Gone e The Town. Desta vez não assina o argumento (lembre-se o magnífico Good Will Hunting, que lhe valeu o Óscar), mas o trabalho de Affleck merece ser olhado cada vez mais com olhos de ver, e Argo é promissor. O filme baseia-se no resgate verídico de 6 diplomatas americanos de Teerão, na sequência da Revolução Islâmica de 1979 e, ao lado de Affleck no grande ecrã, estarão nomes notáveis como Bryan Cranston e Alan Arkin.
10. The Great Gatsby (Dezembro), Baz Luhrmann
É a adaptação do histórico livro homónimo de Scott Fitzgerald (1925), considerado uma das obras literárias de referência do século XX, que retrata, com um olhar trágico, o sonho americano dos Loucos Anos 20. O australiano Baz Luhrmann (criador de Moulin Rouge) realiza e adapta o argumento, mas é no cast que está o deslumbre: Di Caprio protagoniza, naquela que parece ser, claramente, a sua grande aposta para os Óscares, e é acompanhado pela brilhante Carey Mulligan. Como secundários, os nomes consistentes de Tobey Maguire e Joel Edgerton.
Merecem referência:
The Master, Paul Thomas Anderson. O realizador-argumentista californiano foi 5 vezes nomeado para os Óscares, e é notícia de cada vez que volta ao trabalho. Depois de 5 anos parado, regressa com a história de um veterano da 2ª Guerra Mundial que, na ressaca do conflito, cria uma Religião. O filme, protagonizado pelo fantástico Philip Seymour Hoffman, promete polémica, por estar a ser associado às origens da Cientologia.
Untitled Malick Project, Terrence Malick. Sabe-se muito pouco a respeito do filme, nem sequer se vai mesmo existir em 2012, dado o facto de Malick nunca realizar em dois anos seguidos. De qualquer maneira, depois de Tree of Life, vale a pena esperar por este romance dramático, encabeçado pelos excelentes Javier Bardem e Jessica Chastain.
Untitled Osama bin Laden Film (Dezembro), Kathryn Bigelow.
4 anos e 1 Óscar depois, Bigelow regressa no mesmo tom, para filmar o clima de guerra como já provou ser capaz. O que é verdadeiramente curioso a respeito deste filme sobre a captura e morte de Bin Laden é que estava previsto e escrito... ainda antes destas terem acontecido. Os episódios do ano passado obrigaram a uma revisão total do guião, para colá-lo, então, à realidade. No elenco, Jessica Chastain, Joel Edgerton e Mark Strong.
Les Misérables (Dezembro), Tom Hooper. De caras para os Óscares, e realizado por Tom Hooper, que venceu no ano passado, pelo trabalho brilhante em The King's Speech. A base é, obviamente, a histórica obra de Victor Hugo sobre um ex-condenado que chega a mayor, em França, que é considerada uma das mais importantes do século XIX. Hugh Jackman e Russel Crowe são as estrelas, num filme que, pessoalmente, só tem um grande senão: é um musical.
The Gangster Squad (Outubro), Ruben Fleischer. É uma crónica da luta da LAPD para manter a Máfia fora da Los Angeles, na década de 40. Será o filme mais "normal" da lista, mas o destaque está todo no elenco: é o único filme de Sean Penn previsto para 2012, e conta ainda com Ryan Gosling, Nick Nolte e Emma Stone, todos a virem de um ano magnífico.
A ver se em 2013 as expectativas se confirmaram.
The Master, Paul Thomas Anderson. O realizador-argumentista californiano foi 5 vezes nomeado para os Óscares, e é notícia de cada vez que volta ao trabalho. Depois de 5 anos parado, regressa com a história de um veterano da 2ª Guerra Mundial que, na ressaca do conflito, cria uma Religião. O filme, protagonizado pelo fantástico Philip Seymour Hoffman, promete polémica, por estar a ser associado às origens da Cientologia.
Untitled Malick Project, Terrence Malick. Sabe-se muito pouco a respeito do filme, nem sequer se vai mesmo existir em 2012, dado o facto de Malick nunca realizar em dois anos seguidos. De qualquer maneira, depois de Tree of Life, vale a pena esperar por este romance dramático, encabeçado pelos excelentes Javier Bardem e Jessica Chastain.
Untitled Osama bin Laden Film (Dezembro), Kathryn Bigelow.
4 anos e 1 Óscar depois, Bigelow regressa no mesmo tom, para filmar o clima de guerra como já provou ser capaz. O que é verdadeiramente curioso a respeito deste filme sobre a captura e morte de Bin Laden é que estava previsto e escrito... ainda antes destas terem acontecido. Os episódios do ano passado obrigaram a uma revisão total do guião, para colá-lo, então, à realidade. No elenco, Jessica Chastain, Joel Edgerton e Mark Strong.
Les Misérables (Dezembro), Tom Hooper. De caras para os Óscares, e realizado por Tom Hooper, que venceu no ano passado, pelo trabalho brilhante em The King's Speech. A base é, obviamente, a histórica obra de Victor Hugo sobre um ex-condenado que chega a mayor, em França, que é considerada uma das mais importantes do século XIX. Hugh Jackman e Russel Crowe são as estrelas, num filme que, pessoalmente, só tem um grande senão: é um musical.
The Gangster Squad (Outubro), Ruben Fleischer. É uma crónica da luta da LAPD para manter a Máfia fora da Los Angeles, na década de 40. Será o filme mais "normal" da lista, mas o destaque está todo no elenco: é o único filme de Sean Penn previsto para 2012, e conta ainda com Ryan Gosling, Nick Nolte e Emma Stone, todos a virem de um ano magnífico.
A ver se em 2013 as expectativas se confirmaram.
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