É surpreendente que Mário Figueiredo também não tenha proposto uma Liga de 40 equipas, sob o lema "Há mama para todos". Éramos tão mais felizes assim, e, de caminho, aproveitávamos para inventar um jogo novo, já que, como é bom de ver, a competitividade e a excelência são necessariamente um cancro neste país de putas e vinho verde.
Ponto prévio: continuo a acreditar que a aberração que o Presidente da Liga defendeu ontem não será concretizada, seja por pressão da opinião pública, seja pelo veto da Federação, ou da FIFA. No entanto, o mero acto de pô-la em cima da mesa é absolutamente assustador.
Aquando da sua eleição, escrevi aqui que Mário Figueiredo, o primeiro Presidente da Liga a ser eleito sem o apoio de nenhum dos grandes, tinha tudo para ser uma lufada de ar fresco no futebol português. Arrependo-me amargamente de cada palavra desse texto. Figueiredo ganhou sem os grandes, de facto, mas agora mostra como. Agora é a hora dos pequenos caciques lhe cobrarem os favores, e ele, feito palhaço, lá veio defender apaixonadamente que um campeonato onde não desce ninguém é um verdadeiro oásis de competitividade. Afinal de contas, não há almoços de graça.
A nova direcção da Liga podia ter servido para combater a ditadura dos grandes, e fazer do futebol português muito maior do que tem sido. Afinal, envergonhou-nos a todos, abrindo a caixa de Pandora da típica podridão nacional, e fez da Liga o derradeiro circo. O futebolzinho português é isto. Nunca vai mudar, e ninguém merece melhor.
Ponto prévio: continuo a acreditar que a aberração que o Presidente da Liga defendeu ontem não será concretizada, seja por pressão da opinião pública, seja pelo veto da Federação, ou da FIFA. No entanto, o mero acto de pô-la em cima da mesa é absolutamente assustador.
Aquando da sua eleição, escrevi aqui que Mário Figueiredo, o primeiro Presidente da Liga a ser eleito sem o apoio de nenhum dos grandes, tinha tudo para ser uma lufada de ar fresco no futebol português. Arrependo-me amargamente de cada palavra desse texto. Figueiredo ganhou sem os grandes, de facto, mas agora mostra como. Agora é a hora dos pequenos caciques lhe cobrarem os favores, e ele, feito palhaço, lá veio defender apaixonadamente que um campeonato onde não desce ninguém é um verdadeiro oásis de competitividade. Afinal de contas, não há almoços de graça.
A nova direcção da Liga podia ter servido para combater a ditadura dos grandes, e fazer do futebol português muito maior do que tem sido. Afinal, envergonhou-nos a todos, abrindo a caixa de Pandora da típica podridão nacional, e fez da Liga o derradeiro circo. O futebolzinho português é isto. Nunca vai mudar, e ninguém merece melhor.
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