O Chelsea não é um clube confortável nem tem um balneário fácil, toda a gente sabia disso à partida, Villas-Boas incluído. A história do "projecto de três anos" era muito bonita, mas ninguém podia crer que sobrevivesse a uma época tão má, muito menos no Chelsea. Ao mesmo tempo, não podemos querer fazer de Stamford Bridge uma casa dos horrores: Ancelotti foi campeão há dois anos, e o plantel não é propriamente de pobres. Era preciso fazer uma transição, mas não é normal, nem nunca será aceitável que, em Março, o Chelsea esteja em 5º, a 20 pontos do líder!, e com pé e meio fora da Champions, prestes a ser eliminado pelo Nápoles.
Villas-Boas podia não ganhar nada, mas tinha de lutar por alguma coisa. Isso era, quanto muito, o que faria dele o "treinador para o futuro". O que mostrou não chega. E a culpa não é de Abramovich, como toda a gente gosta tanto de dizer, nem de um balneário minado, nem de um clube onde é muito difícil trabalhar: a culpa foi dele.
O grande erro, está claro, foi a gestão de balneário. Até Mourinho se queimou com um balneário do Chelsea, mas Villas-Boas geriu este como se fosse uma criança de 5 anos. Acho piada dizer-se que o problema foram as vacas sagradas, Terry-Lampard-Drogba: mas algum dia ter um deles pode ser encarado como um problema? O problema foi Villas-Boas mentalizar-se que a única forma de fazer uma transição era dar um corte a direito. Achou que podia ganhar no campo sem ter balneário, e a ostracizar jogadores que, além de ainda serem mais-valias, personificaram o clube na última década. As declarações sobre só interessar o apoio do presidente foram pavorosas, e dizem tudo. Estava à espera de quê? O resultado óbvio foi ver quer a performance quer o balneário a desfazerem-se como um castelo de cartas.
Villas-Boas constatou, da pior maneira, que no relvado só se joga uma parte do sucesso, e que nem todos os clubes gozam da estrutura que o Porto oferece. No entanto, como bem lembrou Ferguson, isto não apaga tudo o que de bom foi feito no ano passado. Villas-Boas já provou o que pode fazer, e acredito que começará a próxima época no banco de uma boa equipa europeia. Crucial é que tenha aprendido alguma coisa, sobretudo se Milão for a próxima paragem.
Villas-Boas podia não ganhar nada, mas tinha de lutar por alguma coisa. Isso era, quanto muito, o que faria dele o "treinador para o futuro". O que mostrou não chega. E a culpa não é de Abramovich, como toda a gente gosta tanto de dizer, nem de um balneário minado, nem de um clube onde é muito difícil trabalhar: a culpa foi dele.
O grande erro, está claro, foi a gestão de balneário. Até Mourinho se queimou com um balneário do Chelsea, mas Villas-Boas geriu este como se fosse uma criança de 5 anos. Acho piada dizer-se que o problema foram as vacas sagradas, Terry-Lampard-Drogba: mas algum dia ter um deles pode ser encarado como um problema? O problema foi Villas-Boas mentalizar-se que a única forma de fazer uma transição era dar um corte a direito. Achou que podia ganhar no campo sem ter balneário, e a ostracizar jogadores que, além de ainda serem mais-valias, personificaram o clube na última década. As declarações sobre só interessar o apoio do presidente foram pavorosas, e dizem tudo. Estava à espera de quê? O resultado óbvio foi ver quer a performance quer o balneário a desfazerem-se como um castelo de cartas.
Villas-Boas constatou, da pior maneira, que no relvado só se joga uma parte do sucesso, e que nem todos os clubes gozam da estrutura que o Porto oferece. No entanto, como bem lembrou Ferguson, isto não apaga tudo o que de bom foi feito no ano passado. Villas-Boas já provou o que pode fazer, e acredito que começará a próxima época no banco de uma boa equipa europeia. Crucial é que tenha aprendido alguma coisa, sobretudo se Milão for a próxima paragem.
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