terça-feira, 23 de março de 2010

Eu, leecher, me confesso

É verdade. Sou um desses filhos da puta. Tenho espaço no disco, não tenho constrangimentos de internet quase nunca, o utorrent não me esgana as conexões, e, mesmo assim, sou um leecher. Não sei exactamente qualificar porquê. Não sou nenhum cabrão egoísta e sei que os leechers deviam ser saneados, mas não consigo. Não consigo deixar as coisas na pastinha do programa com o nome que têm, e aquelas merdices ao calhas. É toda uma psicose que me sufoca. Saquei um episódio duma série, e só há duas opções, depois de ver: ou guardo, numa óbvia pasta etiquetada com a temporada e o número do episódio (soubessem quantas vezes já reescrevi nomes de músicas), porque só tem lógica guardar as coisas assim, ou elimino, porque, mesmo no mar dos meus 100 gigas livres, aqueles 300 megas têm um peso insuportável. Era como deixar lixo espalhado pela sala. Às vezes penso que, se fossem todos palhaços como eu, isto havia de estar tudo muito fodido. Mas depois há os seeders, sempre eles, sempre lá para prostituir o que for preciso, a qualquer hora, para bestas como eu verem coisas como "Mad Men Season 1 Complete.rar" nas férias, sem terem de dar nada em troca. Há qualquer coisa de muito bonito à volta disto.

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