"I have no choice but to direct my energies toward the acquisiton of fame and fortune. Frankly, I have no taste for either poverty or honest labor, so writing is the only recourse left for me." Hunter S. Thompson
quarta-feira, 31 de março de 2010
Onde se fala sobre Política, Filosofia e Religião
"Humans are savage in nature. No matter how much you try to dress it up. Blake saw society's true face. Chose to be a parody of it. A joke."
1 - O argumento, que ultrapassa largamente o "isto é absolutamente fenomenal"
2 - O Rorschach, a personagem mais assombrosamente boa que já vi onde quer que fosse
3 - A intro mais brutal de sempre
4 - A banda sonora mais brutal de sempre
5 - A Malin Akerman
terça-feira, 30 de março de 2010
There and Back Again
O livro, em si, é uma espécie de conto infantil, diferente de quase tudo o que costumo ler. Tem, por isso mesmo, uma escrita muito simples e acessível, assente numa espécie de inocência, que abrange as considerações do narrador, e se estende às personagens. É um livro que, muito mais do que reflexivo, ou denso, é recheado de uma cor cativante, perfeitamente tolkieniana, que se espalha pelo Shire e por Rivendell e pela Floresta Tenebrosa e pela Montanha Solitária, de uma maneira pura e despretensiosa. Não é uma obra intensa, e porventura quem não está familiarizado com O Senhor dos Anéis, não a apreenderia como ela merece. É um livro, no fundo, para quem souber dar-lhe o valor.
domingo, 28 de março de 2010
"Sometimes, i feel like Diogenes. You know, the guy who walks alone with a lamp looking for an honest man"
sexta-feira, 26 de março de 2010
Em Ética vemos filmes dos anos 50
quinta-feira, 25 de março de 2010
Pelo gordito
quarta-feira, 24 de março de 2010
No reino da bandalheira
Nisto tudo, nota para uma demonstração de carácter muito pouco comum: Hermínio Loureiro demitiu-se da presidência da Liga, em solidariedade com a Comissão Disciplinar. Sai com a cara lavada.
Tempos da História
(...)
Não consigo conceber a comparação entre Messi, para quem ser genial tem piada e é divertido, e Maradona, um praticante do abismo existencialista, alguém que instrumentalizou o génio para fugir ao pavor cénico de não conseguir vencer tudo sozinho.
Até ver, o génio de Messi consiste em criar a ilusão de que actua numa equipa de jogadores triviais (quando na verdade sempre viveu luxuosamente rodeado de Xavis, Iniestas, Henrys, Ronaldinhos, Ibrahimovics). Já o génio de Maradona produz uma alucinação bem mais radical: cria a ilusão de que um só jogador pode levar uma equipa (realmente) trivial a qualquer vitória (quando, na verdade, todos sabemos que isso só é possível quando esse jogador se chama Maradona – Nápoles, México 86 e Itália 90 – se o árbitro não tivesse inventado aquele penalty). Como diziam os antigos, o passado (aquele em que Maradona viveu) é um campeonato diferente."
terça-feira, 23 de março de 2010
Eu, leecher, me confesso
segunda-feira, 22 de março de 2010
domingo, 21 de março de 2010
Era só para dizer que gosto mesmo dele
sábado, 20 de março de 2010
quinta-feira, 18 de março de 2010
Duas coisas sobre a noite europeia (sacana de título mesmo literal)
terça-feira, 16 de março de 2010
Santos da casa
segunda-feira, 15 de março de 2010
Quem sabe nunca esquece
domingo, 14 de março de 2010
This isn't flying, this is falling... with style!
sábado, 13 de março de 2010
A reza de Queiroz ou os insondáveis caminhos da fé
Welcome back
quinta-feira, 11 de março de 2010
África do Sul 2010 - Como deverá ser
---------------------------------Eduardo
----------------------------------Patrício
----------------------------------Hilário
Miguel-----------------Pepe--------------R. Carvalho-------------Duda
Paulo Ferreira-------Bruno Alves-----------Rolando----------------?
--------------------------------Pedro Mendes
--------------------------------------?
-------------------Deco----------------------------Meireles
------------------Moutinho--------------------------Tiago
Ronaldo----------------------------------------------------------Simão
Danny-------------------------------------------------------------Nani
---------------------------------Liedson
-------------------------------Hugo Almeida
-------------------------------------?
Se, pelo contrário, convocar alguém para aí, a opção mais provável é o Edinho. Mesmo que Queiroz se lançasse de cabeça na preparação do losango, e libertasse de vez o Ronaldo para ponta-de-lança, deixariam, ao mesmo tempo, de ser necessários 4 extremos, com o Simão, o Nani e o Danny a serem mais do que suficientes para ocupar a ala ofensiva do losango. O Varela só será convocável caso o Danny não recupere, ou caso o Queiroz não o considere em condições (improvável, porque já voltou a jogar e porque foi, desde o início, uma aposta pessoal do seleccionador). Com o Makukula e o Nuno Gomes completamente afastados das opções, só sobra, pois, o Edinho.
Nestes eventuais 23, devo dizer que só concordo com 16 nomes, mas sobre isso farei outro post, dentro em breve. Para já, objectivamente, sobre os lugares em falta, convocaria o César Peixoto e o Veloso, e não uma 7ª opção de ataque. Se a Selecção jogar em 4-3-3, o Liedson não precisa de dois suplentes, tal como, se a opção for o losango, será o Ronaldo a fazer dupla com o 31 do Sporting, remetendo o Edinho para a condição hipotética e desnecessária de 4ª solução de ataque. Acho que, em caso de dúvida, opções de ataque são mais valiosas que outras, mas não vejo o Edinho, simplesmente, como uma solução confiável, ou com um mínimo de peso. Daí que optasse, primeiro, por um garante das nossas alas, com o Peixoto (e porque tenho uma esperança tremenda que o Queiroz não tenha medo de usar o losango) e, depois, por levar, apesar de tudo, aquele que será, hoje, o melhor médio defensivo português, o Veloso.
Espero, ao menos, que o Queiroz escolha bem, onde tem dúvidas.
segunda-feira, 8 de março de 2010
82ª - Balanço
Ainda que sem o fulgor e o glamour do ano passado, quando o Hugh Jackman partiu a loiça toda, foi uma cerimónia francamente interessante, para lá das críticas de desconsolo que insistem, todos os anos, em lhe fazer. Houve momentos muito bons, como o lançamento das categorias de Melhor Actor e Actriz, dos argumentos e, principalmente, de Melhor Banda Sonora, e, apesar de se ter desconsiderado a categoria de Melhor Música, perdido tempo a mais com homenagens, e despachado o Melhor Filme à bomba, o balanço é positivo. Os experientes Alec Baldwin e Steve Martin fizeram o que lhes competia e, mesmo sem deslumbrar (afinal de contas, como já disse, havia a sombra violenta da cerimónia do ano passado), construíram uma química muito interessante, superior, em ambiente, ao que o grande Jon Stewart, por exemplo, conseguiu há dois anos. Acima de tudo, é impossível achar a Oscar Night pouco apaixonante, com a passadeira e todos os velhos conhecidos ali, a aparecerem por todos os lados. Uma noite sempre obrigatória, diria, para todos quantos não resistem a este mundo.
Pessoalmente, vi a cerimónia, como já cá tinha escrito, a levar a peito as nomeações do Crazy Heart, e é óbvio que o duplo Óscar valeu festejo durante a madrugada. Talvez saiba um pouco a vingança, pelo The Wrestler, no ano passado, mas continuo a dizer que é, acima de tudo, o reconhecimento, mais do que justo, a um grande trabalho. E ainda por cima era a 5ª nomeação do grande Jeff Bridges. De resto, a nível das interpretações, não houve nenhuma surpresa desagradável, e, além dos garantidos Waltz e Mo'nique, também a Sandra Bullock não falhou, quando, a dada altura da noite, as coisas chegaram a parecer mal paradas, dado o fulgor de Precious. Também não posso deixar de sublinhar o regozijo especial por ter visto, surpreendentemente, o extraordinário Up levar um segundo Óscar para casa, depois da previsível vitória em Animação: foi banda sonora, e foi um mimo.
Not cool
Pior foi, desde logo, a única verdadeira surpresa da noite, que roçou a barbaridade: Precious roubou um Óscar encaminhado a Up in the Air, deixando, simplesmente, aquele que se arrisca a ser o melhor filme de 2009, perfeitamente a seco. Acho que qualquer pessoa que tenha visto ambos, percebe o que quero dizer: Precious é um drama violento, mas com muito pouco de argumento (o cliché da filha violada, imagine-se...), que só é um filme projectável pela qualidade das interpretações, apesar de, como escrevi na altura, só Mo'nique ser verdadeiramente boa (Sidibe é a sua aparência, nada mais que isso). Up in the Air, pelo contrário, apesar da riqueza a quase todos os níveis, é fruto dum texto eminentemente criativo, denso, que funde a complexidade da sociedade com a complexidade do indivíduo, dum ângulo, acredito, nunca abordado no grande circuito. Correndo o risco de derivar para as teorias da conspiração do costume, e quando não haviam hipóteses para Melhor Filme, Realizador ou Actriz (se bem que ainda temi pela Bullock, vá-se lá saber), parece-me que ter Oprah Winfrey como produtora é capaz de ser coisa para valer brinde. E depois do banalíssimo The Great Debaters ter chegado ao Kodak Theatre, no ano passado (sempre a estória da condição massacrável da raça negra...), o selo de Precious, este ano, parece coincidência a mais.
Nas outras grandes categorias (Filme, Realizador e Argumento Original), onde eu torcia por milagres em todas, só se assistiu a uma passagem esmagadora de Estado de Guerra, que as levou a todas para casa, e saíu como o indiscutível vencedor da noite. Repito que, para mim, The Hurt Locker não é o Melhor Filme do ano, e não tem, nem o melhor Realizador, nem o Melhor Argumento. Toda a luta dicotómica que se gerou entre si e Avatar, qual Espiral do Silêncio, a secar tudo à volta, é, até, provavelmente, o lado mais negro e menos respeitável da grande cerimónia que são os Óscares. É muito injusto que, com Up in the Air, District 9 e Up ao barulho, seja The Hurt Locker a ganhar ainda que, nessa luta pré-imposta com Avatar, fosse ele o vencedor natural. Argumento (destroçando The Inglourious Basterds e Up!), até é o menos admissível de todos, e Realização, aqui com o burburinho enervante de ser uma mulher a ganhar pela primeira vez, à laia de lobby da praxe, parece-me, igualmente, desajustado, tendo em conta o que o desprezado Cameron conseguiu, ao fim de 15 anos de trabalho.
De resto, foi um prazer, como sempre.