"I have no choice but to direct my energies toward the acquisiton of fame and fortune. Frankly, I have no taste for either poverty or honest labor, so writing is the only recourse left for me." Hunter S. Thompson
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Champions 12/13, o pulso
PORTUGUESES - Grande vitória do Porto, inteiramente merecida, frente a um PSG que ainda não é mais do que um projecto de equipa. O Porto foi adulto, poderoso e sempre melhor, e mereceu o instante prodigioso do talento enorme que é James. Se dúvidas havia, a equipa de Vítor Pereira é claramente a melhor de um grupo que, agora, tem a obrigação de ganhar.
No Braga, Peseiro já teve, pelo menos, duas derrotas comprometedoras, mas a resposta da equipa tem sido absolutamente extraordinária. Depois da estreia-desastre com o Cluj, e com um punho a fechar-se na garganta, a vitória senhorial em Istambul, casa dura de um excelente adversário, resgata o Braga bem vivo para o que falta, e prova os arsenalistas como equipa para estas coisas.
O Benfica, pese a boa vontade da primeira-parte, teve um jogo tão doloroso quanto se esperava, e não conseguiu vingar os seus méritos. A defesa remendada até tem estado à altura, mas o grupo promete ser bem mais duro do que se antecipava: a vitória do Celtic em Moscovo não estava nos planos, e o Spartak continua a ter qualidade mais do que suficiente para ainda baralhar contas a muita gente.
SURPRESAS - Málaga e BATE, tão grandes uma como a outra. Os malaguenhos, num ano em que perdem Cazorla, Rondón e Nistelrooy, estreiam-se na Champions com dois 3-0 (a que juntam o sensacional 3º lugar na Liga!), que os colocam, desde já, como candidatos claríssimos aos oitavos, fazendo miséria do milionário Zenit. Honra seja feita a "El Inginiero" Pellegrini, um homem que falhou no grande voo da carreira, em Madrid, mas que, depois das aventuras com o Villarreal, volta a fazer este pequeno milagre.
Os crónicos campeões bielorussos, por sua vez, afirmam finalmente, e com autoridade, o seu sustentado projecto europeu, e baralham seriamente um grupo que parecia entregue à partida. É o leste "puro" a voltar a dar cartas na alta roda, o Bayern que o diga, e agora é o Valência quem vai ter de correr atrás, já na jornada dupla que se segue.
GRUPOS DA MORTE - O do Real mais do que o do Chelsea, claro, mas ambos muito interessantes. Depois do extraterrestre Madrid-City da primeira jornada, o Real consolidou calmamente a liderança. 2º hattrick seguido para Ronaldo, já melhor marcador, e a passar Messi nos golos da época (12 contra 10). Curiosamente, o todo-poderoso City, ainda assombrado pelo falhanço europeu da última época, já podia ter deitado tudo a perder hoje, perante um Borussia fortíssimo e descomplexado, também ele à procura da redenção europeia. Balotelli salvou a honra citizen em cima da hora, e Mancini ainda vive, mas o ónus fica do lado dos campeões ingleses.
No grupo E, o empate do Shakhtar em Turim provou que é melhor não fazer contas antecipadas. O empreendimento europeu de Lucescu está a ser construído há anos, e tem muita qualidade, pelo que Chelsea e Juventus devem estar avisados. Para já, é a Juve quem está fora do apuramento. A ida do campeão europeu a Donetsk é um dos jogos mais interessantes da próxima jornada.
GRANDES - Pleno para Barça, Real, Arsenal e United. O Real num grupo muito mais difícil do que os outros, como já disse, o Barça com uma superioridade quase violenta, o Arsenal a fazer a sua vida segura de sempre. Sinais menos fortes para o United, que tudo o que faz este ano parece ser em esforço. Depois de muita sorte na primeira jornada, reviravolta mínima na segunda. Boa hora, quem sabe, para Old Trafford descobrir o Braga.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário