segunda-feira, 22 de outubro de 2012

"Una mina de oro"


Falcão marcou ontem o golo da vitória do Atlético. Tudo normal até aqui. Ou não. Afinal de contas, coisas normais não é o forte do Tigre.

Falcão marcou ontem o golo da vitória do Atlético ao minuto 90, num estádio agreste, e de livre directo. No caso, o primeiro livre directo da carreira. Simeone explica: "O Falcão pediu-me desesperadamente para bater o livre porque tem treinado imenso para melhorar." Como é óbvio. O melhor 9 do planeta só podia passar os treinos a reflectir sobre o que está mal.

Dissemos todos o quão penoso era um tipo destes falhar um grande europeu. O desperdício, o crime, a perda. Que ridículos que nós somos. O Falcão é tão bom que se limitou a assegurar que o Atlético passava a ser a escolha correcta. No fundo, era tudo simples, como um euromilhões. Não existia o sítio certo, saía simplesmente a qualquer um e depois mudava-lhe a vida.

Graças à sua pornografia de golos (neste momento, 10 jogos seguidos a marcar, por exemplo), o Atlético ganhou duas finais europeias de goleada, e lidera agora a Liga Espanhola, pela primeira vez desde 1995/96. A Colômbia, que não vai a um Mundial desde 1998, segue destacada no pódio da qualificação sul-americana, graças a 3 vitórias seguidas esta época, assinadas com 4 golos seus.

Estas coisas de fábulas não acontecem, pelo que é possível que ele ser do Atlético e ser colombiano seja só uma experiência científica, para ver o que ele pode render em condições adversas. Como quando o Tartaruga Genial punha o Son Goku a lutar com peso às costas. Qualquer dia aparece alguém a dizer que, na verdade, o Falcão é brasileiro e pertence ao Real, mas que era feio andar aí a humilhar os mortais.

Pensar que o Iniesta pode ganhar a Bola de Ouro dá-me vontade de rir. O Iniesta não devia estar sequer nos três finalistas.

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