Bom drama político.
The Ides of March celebra a premissa de que não há fuga possível ao poder que corrompe e, não sendo nenhum groundbreaker, alicerça-se numa trama bem montada, bem realizada e bem interpretada. Stephen Meyers (Gosling) é um talentoso assessor de imprensa de um runner-up do Partido Democrata às Presidenciais americanas (Clooney), homem que segue por pura convicção, acreditando que a mudança que ele materializa é o suficiente para levá-lo à Casa Branca e fazer a diferença. A realidade onde vai mergulhar mostra-lhe, contudo, a crueza e a violência da política, fazendo-o perceber que, num meio onde só se joga sujo, tudo se resume a uma questão de sobrevivência.
A realização de Clooney foi uma boa surpresa. Tem classe e uma certa imponência que a distingue, evitando que passe despercebida, o que proporciona uma mão de sequências realmente boas. Num filme que não vive de uma grande criatividade, é uma clara mais-valia.
Muito interessante também a performance de Gosling. É consistente, cativante e tem uma luz particular. O londrino teve um ano em cheio, de afirmação: pior em Drive, mas muito bem aqui e em Crazy Stupid Love. Com Clooney mais discreto no seu mar de funções (produziu, escreveu, realizou e protagonizou), estão ainda num nível alto dois enormes secundários: Paul Giamatti e Philip Seymour Hoffman respiram carisma, fulgor e experiência, com destaque para o segundo.
Vale o bilhete.
7/10
The Ides of March celebra a premissa de que não há fuga possível ao poder que corrompe e, não sendo nenhum groundbreaker, alicerça-se numa trama bem montada, bem realizada e bem interpretada. Stephen Meyers (Gosling) é um talentoso assessor de imprensa de um runner-up do Partido Democrata às Presidenciais americanas (Clooney), homem que segue por pura convicção, acreditando que a mudança que ele materializa é o suficiente para levá-lo à Casa Branca e fazer a diferença. A realidade onde vai mergulhar mostra-lhe, contudo, a crueza e a violência da política, fazendo-o perceber que, num meio onde só se joga sujo, tudo se resume a uma questão de sobrevivência.
A realização de Clooney foi uma boa surpresa. Tem classe e uma certa imponência que a distingue, evitando que passe despercebida, o que proporciona uma mão de sequências realmente boas. Num filme que não vive de uma grande criatividade, é uma clara mais-valia.
Muito interessante também a performance de Gosling. É consistente, cativante e tem uma luz particular. O londrino teve um ano em cheio, de afirmação: pior em Drive, mas muito bem aqui e em Crazy Stupid Love. Com Clooney mais discreto no seu mar de funções (produziu, escreveu, realizou e protagonizou), estão ainda num nível alto dois enormes secundários: Paul Giamatti e Philip Seymour Hoffman respiram carisma, fulgor e experiência, com destaque para o segundo.
Vale o bilhete.
7/10
Sem comentários:
Enviar um comentário