Um dos achados de 2011.
The Guard é uma comédia negra focada no inortodoxo chefe da polícia de uma pequena vila irlandesa, que, juntamente com um agente do FBI destacado para o efeito, terá de resolver um caso graúdo de tráfico de droga.
Ao bom estilo britânico, é um verdadeiro must. Exala em todos os momentos aquele humor rude, agressivo e irresistível, é requintado na exploração das personagens, é sempre engraçado e criativo na recriação do senso comum e no exagero, e ainda por cima é magistralmente acabado. Brendan Gleeson carrega o filme com o seu farto carisma, dá vida ao grande texto que teve e, num fato absolutamente à sua medida, saca uma performance de todo o tamanho. Tanto pelo perfil ácido, pelas piadas que não se podem fazer e pela sua maneira de estar, como também num plano mais sentido e pessoal depois. Se houver justiça, Gleeson vai pelo menos aos Globos este ano.
Don Cheadle consegue ter uma presença muito interessante como secundário, numa excelente gestão da necessidade de ser racional, e Mark Strong nasceu para ser o bad guy, é todo ele um figurão nestas coisas. Note-se ainda a grande banda sonora que também compõe este prato cheio.
John Michael McDonagh não realizava há dez anos nem escrevia há oito, mas um regresso deve ser isto. Aliás, está na família, porque Martin, o irmão mais velho, foi o realizador-argumentista de outra pérola chamada In Bruges (também com Brendan Gleeson). The Guard já é o filme independente irlandês mais bem sucedido de sempre nas bilheteiras e merece o reconhecimento internacional: dificilmente haverá melhor comédia este ano.
8/10
The Guard é uma comédia negra focada no inortodoxo chefe da polícia de uma pequena vila irlandesa, que, juntamente com um agente do FBI destacado para o efeito, terá de resolver um caso graúdo de tráfico de droga.
Ao bom estilo britânico, é um verdadeiro must. Exala em todos os momentos aquele humor rude, agressivo e irresistível, é requintado na exploração das personagens, é sempre engraçado e criativo na recriação do senso comum e no exagero, e ainda por cima é magistralmente acabado. Brendan Gleeson carrega o filme com o seu farto carisma, dá vida ao grande texto que teve e, num fato absolutamente à sua medida, saca uma performance de todo o tamanho. Tanto pelo perfil ácido, pelas piadas que não se podem fazer e pela sua maneira de estar, como também num plano mais sentido e pessoal depois. Se houver justiça, Gleeson vai pelo menos aos Globos este ano.
Don Cheadle consegue ter uma presença muito interessante como secundário, numa excelente gestão da necessidade de ser racional, e Mark Strong nasceu para ser o bad guy, é todo ele um figurão nestas coisas. Note-se ainda a grande banda sonora que também compõe este prato cheio.
John Michael McDonagh não realizava há dez anos nem escrevia há oito, mas um regresso deve ser isto. Aliás, está na família, porque Martin, o irmão mais velho, foi o realizador-argumentista de outra pérola chamada In Bruges (também com Brendan Gleeson). The Guard já é o filme independente irlandês mais bem sucedido de sempre nas bilheteiras e merece o reconhecimento internacional: dificilmente haverá melhor comédia este ano.
8/10
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