terça-feira, 8 de novembro de 2011

Os sindicatos podem parar o país, nós devíamos poder parar os sindicatos


"No dia em que ficámos a saber que os transportes do Porto e de Lisboa têm um buraco equivalente a duas ou três Madeiras, os sindicatos optaram por uma demonstração de força. O timing não podia ser melhor. A demonstração de irrealismo não podia ser maior."
Henrique Raposo, no Expresso

"Repito: nas actuais circunstâncias, que qualquer classe bafejada com empregos vitalícios, independentes de mérito, eficácia ou rentabilidade, faça uma greve parece-me uma aviltante afronta para com os que a custo lutam pela sobrevivência. Uma imoralidade patrocinada pelos sindicatos que hoje se tornaram em forças cegas de conservadorismo na defesa dos interesses e privilégios de meia dúzia de castas e corporações."
João Távora, no Corta-Fitas

Gente mal tratada, sem dúvida. Maquinistas a ganhar 50 mil euros/ano, secretárias a ganhar 65 mil!, 30 dias úteis de férias, absentismo 5 ou 6 vezes superior ao normal, médias de 4 horas de trabalho diárias e o melhor de todos: subsídio por assiduidade! Depois o buraco é de 10 mil milhões, alguém vai ter de pagar, mas estão lá os sindicatos para garantir que não são eles. E pára-se o país, uma coisa sempre gira de fazer quanto mais vezes melhor neste momento de prosperidade.

Sem comentários: