quinta-feira, 26 de abril de 2012

Tão estupidamente tangível


A glória estava ali, a uma distância ridícula. Não que o adversário não fosse um colosso, mas depois de tudo o que se jogou este ano, era mau demais pensar que os longos 90 minutos do Bernabéu não chegassem. 2-0 aos 15 minutos. A Liga ganha no Camp Nou no fim-de-semana, o recorde de Mourinho, os recordes de Ronaldo, o estrondo do Barça ontem, uma equipa com os dois pés na História. Com tudo os deuses acenaram ao Real, só para que o pudessem derrubar com toda a perversidade possível. Ronaldo com as mãos na Bola de Ouro ao quarto de hora, e tão desoladoramente sacudido quando Neuer não se deixou enganar pela segunda vez. E Mourinho, 3 vezes aos penalties em meias-finais da Champions, e 3 vezes caído. Era desta, só não podia ser tão fácil. Foge-lhe a tripleta, uma vez mais. No auge do Barça-Real, com a final vendida há semanas, haverá Chelsea-Bayern. O Jogo nunca dá nada como garantido.

O Bayern merece absolutamente a final. Jogou uma liga diferente entre portas, mas fez uma eliminatória brilhante e, no balanço dos dois jogos, foi melhor. Não era para todos jogar assim no Bernabéu, com tanta imponência, tanta certeza de si, quando o adversário tem o mundo a seus pés. Neuer e Robben foram grandiosos. Mais Alaba, Schweinsteiger, Gómez, um verdadeiro equipazo. É justo que possam jogar a final em casa, mesmo que, num ano de ironias do destino, isso deva dar que pensar ao exército de Heynckes.

Em Munique, claro, serei pelos velhotes. Que Drogba e Lampard saiam pela porta grande.

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