Jogo electrizante, que o Benfica assumiu, de facto, mas que não mereceu ganhar.
O resultado é avassalador para um Braga que foi superior tacticamente, muito mais inteligente na abordagem, e que só sai derrotado da Luz por culpa própria. A equipa cozinhou o Benfica na primeira-parte, e pôs o jogo em pedaços na segunda, ao cavalgar autenticamente o despovoado meio-campo do Benfica, até ao penalty de Witsel. Jesus viu e não quis saber, arriscou jogar no limite, e o Braga só se pode queixar de si mesmo, tantos foram os espaços e os contra-ataques desperdiçados de uma forma juvenil.
O Benfica teve coração, confiou no seu engenho ofensivo e foi feliz, mas Jesus jogou aos dados, pura e simplesmente. Leonardo Jardim deu-lhe um banho táctico pela barba e, em vez de reagir, o treinador do Benfica fiou-se na sorte e no talento dos jogadores que dirige. Para a história ficará uma vitória de arrojo e vertigem atacante, mas
serão muito poucos os jogos decisivos que Jesus voltará a ganhar assim.
Para o Benfica, não interessa como, é uma vitória absolutamente chave, daquelas que pode mesmo valer um campeonato. Para o Braga, não conta o grande mérito que voltou a mostrar hoje: já não depender de si próprio é uma ceifada crua no sonho .
Na melhor Liga desde que me lembro, venha a super-jornada da Páscoa.
Sem comentários:
Enviar um comentário