domingo, 17 de outubro de 2010

Eleanor

Já vi muitos filmes muito bons. Já vi alguns dos melhores de sempre, e tenho consciência do que são os melhores que alguma vez vi. Tenho-os da minha lista pessoal do IMDB à minha estante do quarto, e tenho-lhes, sobretudo, devoção. É por eles que o cinema me apaixona. Ainda assim, essas interpretações, essas estórias e essas músicas não são dos filmes da minha vida. Os filmes da minha vida são os que eu já vi 10 vezes, e que, sobretudo, cresci a ver, vez sobre vez, naquelas tardes eternas da SIC para que eles foram feitos. Os filmes da minha vida são os filmes imperfeitos, que têm clichés e exageros e que nunca poderiam ser reconhecidos ou ganhar alguma coisa. Os filmes da minha vida são dois: o Armageddon e o 60 Segundos. Curiosamente, não via nenhum dos dois há muito tempo. Hoje revi a última meia hora do 60 Segundos e, até para um mancebo como eu, que cresceu alérgico a carros, o deslumbramento continua a ser inevitável: se um dia eu for um gajo muito rico, vou continuar a ser alheio a carros. Mas também vou ter a Eleanor na garagem.


3 comentários:

Aline disse...

que poético, Paulão :')

vendo por esse prisma, os filmes da minha vida são o 10 coisas que odeio em ti, o amor acontece e a máscara do zorro (L)

karmatoon disse...

Meu amigo, a Eleanor é um Ford Shelby GT500, uma das máquinas absolutamente perfeitas da históriz automóvel americana. Se um dia for milionário e tiver um, convido-te para uma voltinha. Mas fica o aviso: é conveniente que não enjooes a alta velocidade.

Andreia disse...

Paulo, deixa-te de ilusões! Tu não distingues a Eleanor de um autocarro, a não ser que a Renata dê uma ajuda ahah
(e esses dois também são os meus filmes preferidos da tv)