sábado, 9 de outubro de 2010

Estamos de volta


Sobre a equipa, não haverá muito a dizer. Jogo fantástico de Nani, segunda parte assombrosa de Ronaldo (e é mais do que justo notar isso), Moutinho como o mais indispensável durante todo o jogo, mais dois laterais determinantes no processo ofensivo. As soluções do 11 mostraram-se, quiseram, puderam e gostaram de jogar, e quanto isso acontece, fica à vista o que podemos ser.

O jogo teve, portanto, pouco de táctico ou de técnico. Na essência, foi todo ele emocional. Paulo Bento não será nenhum deus da psicologia, mas se os curtos 3 dias de treinos pouco poderiam fazer pela mecânica da equipa, o que seria um pesadelo para outros, certo é que foram determinantes para a cabeça desta Selecção. Portugal fez o jogo que fez, e na minha opinião, o melhor de qualificação pós Euro-2008, porque finalmente sentíu que não era preciso complicar. Não era preciso condicionar o nosso jogo pelo do adversário, não era preciso um respeito desmedido que se tornava invariavelmente em medo, não era preciso ter receio de atacar e de jogar bonito e, sobretudo, de atacar e de jogar bonito quando já está 2-0 e, ainda mais, quando está 2-1 e o jogo até nos pode fugir das mãos. Deixámos de pensar pequeno, e isso voltou a ser a chave de tudo.

Talvez nem fosse tão difícil assim, e é provável que, em especial depois da catástrofe que foi o pós-Mundial, uma boa mão de treinadores entrasse e tivesse um efeito destes sobre a equipa. Para já, ficámos com a certeza de que Paulo Bento é um deles. Depois, a noção do que deve ser esta Selecção fez o resto.

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