Liga Espanhola, 7ª Jornada
Barcelona - Valência, 1-1
Só vi a última meia-hora do Barça - Valência. Pese o início de época um tanto ou quanto irregular, e num jogo de risco com o líder, que estava empatado nessa altura, não se viu nada menos do que o Barça de sempre. A equipa de Guardiola pôs em campo a confiança inabalável nas suas capacidades, no toque, no desiquilíbrio e na classe, e, com um Valência completamente anulado, tenha sido por mérito catalão ou demérito próprio, o Barça só precisou de rondar e insistir normalmente para desfazer o empate. Mais do que Messi e Villa (que falhou bem mais do que devia, ao contrário do que é da praxe), jogo para Xavi, Iniesta e Pedrito, que está melhor de cada vez que o vejo.
Málaga - Real Madrid, 1-4
O Real entrou na época das goleadas: depois dos 6 ao Deportivo, 4 ao Málaga de Jesualdo. Insisto que o 11 de Mourinho ainda está distante do que pode jogar, e que a melhoria dos resultados não está necessariamente associada a uma maior produção consistente de jogo. Esta é resultado, e isso foi evidente na Rosaleda, dum grande crescimento emocional da equipa. Mesmo sem entupir de jogo a área adversária, e mesmo a comprometer alguma coisa atrás, o Real tem agora uma facilidade quase perturbadora em materializar a maior qualidade individual dos seus jogadores. Num jogo que nem estava interessante, as duas primeiras oportunidades tinham sido logo duas bolas aos postes, antes de Ronaldo ter isolado Higuaín e marcado ele próprio. O Real ainda não é uma máquina de jogar futebol, mas está a evoluir de maneira indiscutível, e sustentadamente. E, para já, é líder e única equipa sem derrotas, com a melhor defesa, o melhor ataque e o melhor marcador.
Mais um jogo fantástico de Ronaldo. 2 golos e 2 assistências, e está mais do que regressado o colosso, que até já é o melhor marcador do campeonato. Higuaín segue para o pecúlio do costume, e agora é Ozil, mais do que Di María, quem anda a dar nas vistas: grande trabalho no 2-0 e um penalty ganho. Apesar de tudo, mantém-se a sensação de ainda faltar "peso" ao ataque do Real: Kaká, claro. A defender, duas notas: acredito que Lass pode dar bem mais à equipa do que Khedira; e Arbeloa e Pepe não dão garantias suficientes.
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