"I have no choice but to direct my energies toward the acquisiton of fame and fortune. Frankly, I have no taste for either poverty or honest labor, so writing is the only recourse left for me." Hunter S. Thompson
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Começar em festa. Emmys 2012
Gosto do gravitas dos Emmys. A lógica até seria que parecessem a mais, porque os Óscares são o parente rico, e seria suposto que os Globos, que são coisa maior, completassem a paisagem. Não é isso que acontece. Pelo contrário, os Emmys têm vida própria por não serem um híbrido, e pela distância para os Óscares. São a festa da televisão, há mais gente em cunha nas categorias desdobradas, e o fato fica-lhes bem.
Gostei muito do hosting de Jimmy Kimmel. Não tem nem o figurão, nem a acidez incandescente de um Gervais, mas não é só um mestre de festas, como Billy Crystal, ou um fazedor de piadas de algibeira. É um sóbrio que emana classe e uma piada natural, e é um criativo com jeito: desenhou um espectáculo fresco, inesperado, e à parte de velhas fórmulas.
A noite, roubou-a Homeland (Melhor Drama, Actor, Actriz e Argumento), desterrando a celebração de Mad Men, que poderia ter-se tornado na primeira série da História a receber 5 emmys seguidos para Melhor Drama, e ainda Jon Hamm, que continua à procura do seu primeiro galardão. Damien Lewis foi quem o levou para casa desta vez (depois de ter perdido para Kelsey Grammer nos Globos), e Claire Danes fez o bis. A vitória de ambos é incontestável, mercê de uma primeira temporada interpretada a um nível monumental. Já Melhor Drama, emmy que junta ao globo, é desajustado, mesmo para mim, que fiquei fã. A season 2 de Boardwalk Empire ficou com Melhor Realização (com toda a lógica), mas passará à História sem prémios grandes, e foi o evento televisivo do ano.
Jim Parsons (Big Bang), que podia ter ganho o 3º Emmy seguido como lead em comédia, e Peter Dinkladge (Game of Thrones), que tinha em posse o Emmy e o Globo de Ouro para melhor secundário drama, foram, e injustamente, os maiores derrotados da noite. Se Dinklage tinha concorrência de peso (vitória do grande Aaron Paul - Breaking Bad -, e ainda lá estava Jim Carter, por Downton Abbey), Parsons perder para Jon Cryer (Two and a Half Men) é mais difícil de engolir.
O outro grande vencedor da cerimónia foi, e novamente, Modern Family, pelo terceiro ano seguido a Melhor Comédia, a que juntou Actor e Actriz secundários, e ainda Realização. Gosto bastante de Modern Family, mas discuto os prémios. Comédia e Secundária (onde Julie Bowen bateu incompreensivelmente a fantástica Mayim Bialik) teria dado a Big Bang Theory, que continua uma inexplicável travessia no deserto quanto a Melhor Comédia, ao fim da 5ª temporada. Como Secundário gostaria de ter visto ganhar Max Greenfield (New Girl), ainda por cima porque Eric Stonestreet já tinha um emmy. Também por New Girl, a minha Actriz Comédia teria sido a adorável Zooey Deschanel, mas repetiu-se a derrota dos Globos.
Grande justeza, por fim, o 2º emmy seguido (3º da carreira) para a enorme Maggie Smith (Secundária Drama), como bastião de Downton Abbey.
Ideia boa arrancar a temporada com prémios.
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