"I have no choice but to direct my energies toward the acquisiton of fame and fortune. Frankly, I have no taste for either poverty or honest labor, so writing is the only recourse left for me." Hunter S. Thompson
terça-feira, 4 de setembro de 2012
E tudo o Zenit levou
Os negócios foram surreais, de tão impressionantes, eram necessários para os clubes, irrecusáveis.
Curiosamente, o Porto vende um símbolo inalienável, de longe o jogador mais preponderante do campeonato, e o Benfica consegue, mesmo assim, ficar a perder. É cru, mas é a realidade.
Ambos perdem capacidade, inevitavelmente, o que se notará na Europa. Vítor Pereira perde o abono, mas tem um plantel sustentado, pensado, que dá garantias. O Benfica não tem suplentes para a defesa, ainda não sabe se tem lateral-esquerdo, e quer fazer, pelo menos 4 meses, exclusivamente com Matic e Carlos Martins no miolo. A época, essa, começou com 15 atacantes, e com Rúben Amorim, um internacional A, emprestado. É possível que num clube profissional, que não é gerido por um miúdo de 10 anos, não tenha passado pela cabeça de ninguém contratar qualquer coisa que não um avançado? Jesus vai precisar de um milagre digno do nome para que isto não lhe rebente na cara.
Uma última nota para os jogadores. Hulk e Witsel irão para a Rússia receber como príncipes. Com sorte, o Zenit até faz um ano europeu digno. Não deixa, contudo, de ser desolador que os 2 melhores jogadores do campeonato português, na flor das carreiras, tenham decidido que o caminho é uma passagem só de ida para um desterro gelado. É pena.
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