quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O bom gigante


Michael Clarke Duncan não era uma grande estrela. Era um secundário que, um dia, teve o papel de uma vida. Era natural que, mesmo assim, passasse mais ou menos despercebido.

Duncan teve, contudo, a particularidade de estar em dois dos meus filmes incontornáveis. Por mérito próprio, com o dom de fazer-se lembrar. Nunca fez grande carreira, podia ter sido só aquele tamanho, mas, para todos quantos o viram, será eternamente lembrado pelo sorriso desconcertante e por uma bondade estranha, que plasmada nos seus maiores papéis, parecia mesmo vir-lhe de dentro.

Será pacífico dizer que não lhe estava reservada a posteridade. Nunca ganhou um Óscar, foi poster uma vez. Não era uma grande estrela. No fim, porém, a empatia e o carisma que sempre irradiou garantem que será lembrado com o carinho próprio de uma.

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