Deco e Liedson têm 34 anos. O primeiro foi figura maior em tudo o que de grande se fez na última década. 75 internacionalizações a falarem por ele, um dos pilares indiscutíveis do grande Portugal que espantou a Europa e o Mundo. O segundo coroou a carreira brilhante por cá com uma participação instrumental no nosso apuramento para o último Campeonato do Mundo. Ambos jogadores notáveis, decisivos, referências, ambos a despedirem-se da Selecção no pós-África do Sul. Deco por iniciativa, Liedson por uma qualquer dedução tácita.
Aos 34 anos, foram duas das figuras do Brasileirão que agora acabou. O Mágico mais intermitente, mas mesmo assim a ser considerado o segundo melhor interior-direito da competição. O Levezinho imponente, melhor marcador do Corinthians campeão nacional, idolatrado pelos seus e admirado pelos rivais, nomeado segundo melhor jogador do campeonato pelos adeptos. Claro que na América do Sul garantiram anos pela frente que se calhar já não teriam na Europa, mas hoje são tudo menos velhos. A qualidade abundante e a capacidade de definir continuam lá, insinuantes, intocadas.
As selecções vivem muito de ciclos e os ciclos fazem sentido, devem ser respeitados. Agarrar-se ao passado pode ser perigoso e muitas vezes contra-producente. O tempo passa, os antigos já não são o que eram, tira-se espaço à frescura dos novos e, pelo caminho, a dinâmica de grupo pode sair ferida de morte. Se fosse para apostar, diria que nem passa pela cabeça de Paulo Bento recorrer a qualquer um deles. O que compreendo... mas não posso concordar. Porque Deco e Liedson têm uma história na Selecção e no país; porque continuariam a ser, hoje, aos 34 anos, depois do adeus, mesmo já fora da competitividade europeia, duas incríveis mais-valias para o grupo; e porque, no fundo, nenhum deles é o tipo de jogador que possa simplesmente ser dispensado quando está ao nosso alcance.
Figo saiu depois do Euro-2004, mas voltou para jogar o Alemanha-2006. Se fosse eu a escolher, Deco e Liedson estariam sempre nos 23 para ir à Polónia e à Ucrânia.
Aos 34 anos, foram duas das figuras do Brasileirão que agora acabou. O Mágico mais intermitente, mas mesmo assim a ser considerado o segundo melhor interior-direito da competição. O Levezinho imponente, melhor marcador do Corinthians campeão nacional, idolatrado pelos seus e admirado pelos rivais, nomeado segundo melhor jogador do campeonato pelos adeptos. Claro que na América do Sul garantiram anos pela frente que se calhar já não teriam na Europa, mas hoje são tudo menos velhos. A qualidade abundante e a capacidade de definir continuam lá, insinuantes, intocadas.
As selecções vivem muito de ciclos e os ciclos fazem sentido, devem ser respeitados. Agarrar-se ao passado pode ser perigoso e muitas vezes contra-producente. O tempo passa, os antigos já não são o que eram, tira-se espaço à frescura dos novos e, pelo caminho, a dinâmica de grupo pode sair ferida de morte. Se fosse para apostar, diria que nem passa pela cabeça de Paulo Bento recorrer a qualquer um deles. O que compreendo... mas não posso concordar. Porque Deco e Liedson têm uma história na Selecção e no país; porque continuariam a ser, hoje, aos 34 anos, depois do adeus, mesmo já fora da competitividade europeia, duas incríveis mais-valias para o grupo; e porque, no fundo, nenhum deles é o tipo de jogador que possa simplesmente ser dispensado quando está ao nosso alcance.
Figo saiu depois do Euro-2004, mas voltou para jogar o Alemanha-2006. Se fosse eu a escolher, Deco e Liedson estariam sempre nos 23 para ir à Polónia e à Ucrânia.
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