"I have no choice but to direct my energies toward the acquisiton of fame and fortune. Frankly, I have no taste for either poverty or honest labor, so writing is the only recourse left for me." Hunter S. Thompson
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Guardiola e o Brasil. A História à espera de ser
Foram feitos um para o outro.
O futebol quente do toque, da finta, sempre com um sorriso gozão na cara. Sem correrias, sem violências, só com um copo na mão e a bola colada ao samba dos pés. Tudo o que for possível fazer com uma, eles sabem. Magia em cada metro do campo. Crescem assim, está-lhes nos genes. O futebol nasceu em Inglaterra, mas só no Brasil é que ficou a cores.
Ao seu encontro, um filósofo. O treinador que desconstruiu o jogo até ao seu elemento nuclear. Tudo pela bola, nada contra a bola. Não correm os jogadores, ela é que corre. O primado da técnica, da inteligência e do critério. "Joga bonito", entretenham as pessoas. O treinador que, qual feitiçaria, teve mais posse em todos os jogos que fez como profissional. O homem que, enquanto crescia na fábrica de sonhos de La Masia, inventou o tiki-taka que, qual urânio enriquecido, valeu, em 4 anos, 2 Ligas dos Campeões, 3 Ligas Espanholas e mais 8 títulos, fora o Europeu e o Mundial espanhóis dos quais tem os direitos.
Tudo a tempo de que, na iminência do glorioso Mundial do Brasil, pudessem estar aí os dois, livres um para o outro. O Mundial com que o Brasil sonha há anos, um Mundial cujo conto de fadas se compõe todos os dias, o conto de fadas do pentacampeão que anda desencontrado há uma década, só para ter descoberto o seu novo Pelé, Neymar, Neymaravilha, um predestinado protegido a todo o custo na pureza do Brasileirão, à espera que chegue a hora de liderar a selecção mais jovem de sempre (Óscar, Ganso, Pato, Damião, Moura, tantos tão novos, e ninguém nos 30) rumo ao deslumbramento do mundo e à vingança do Maracanazo, meio século depois.
A selecção das selecções, jovens, magia e um prodígio. O Barça, mas com mais sol, mais alegria e a falar português, uma profecia destinada a fundir o Brasil e Guardiola, e a fundir o futebol num mesmo conceito. Dizem que não, que Guardiola prometeu aos filhos, que Guardiola quer o ano sabático, que é impossível, que talvez Scolari ou Muricy ou Tite. Eu digo que, à História, não se diz não.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário